Arquivos livro - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/livro/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Tue, 18 Feb 2025 19:05:29 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Futebol do Brasil: Livro de Orlando Brito na loja MyNews https://canalmynews.com.br/brasil/futebol-do-brasil-o-livro-de-orlando-brito-estara-disponivel-na-loja-mynews-veja/ Tue, 18 Feb 2025 15:15:29 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=52017 O MyNews mantém sua essência cultural. Agora, os membros e admiradores do grupo poderão adquirir o livro Futebol do Brasil

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O MyNews mantém sua essência cultural. Agora, os membros e admiradores do grupo poderão adquirir o livro Futebol do Brasil: Sonho e Realidade, de Orlando Brito. A obra será vendida exclusivamente na loja do grupo, com 60% de desconto para nossos membros.

Confira o resumo do livro Futebol do Brasil

Na exposição fotográfica de Futebol do Brasil: Sonho e Realidade, Orlando Brito retrata a paixão pelo futebol. Ele percorre desde as várzeas e ruas até os estádios monumentais, criando uma verdadeira homenagem ao esporte.

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Com um olhar sensível e grande talento na fotografia, Brito nos conduz por uma jornada única. Suas imagens capturam a alegria das partidas de rua, onde a grama irregular vira palco para sonhos. Além disso, seus cliques aproximam os leitores dos ídolos, das vitórias memoráveis e dos momentos épicos do futebol profissional.

Futebol do Brasil: Sonho e Realidade capta a essência do esporte reveladoramente. Através das lentes talentosas de Orlando Brito, o livro celebra o amor pelo futebol, o esporte mais popular do mundo.

Mais detalhes do livro

Editora ‏ : ‎ Edições 70; 1ª edição (1 dezembro 2023)

Idioma ‏ : ‎ Português

Capa comum ‏ : ‎ 304 páginas

ISBN-10 ‏ : ‎ 6554272143

ISBN-13 ‏ : ‎ 978-6554272148

Dimensões ‏ : ‎ 36 x 2.5 x 26 cm

Por fim, os membros do MyNews também podem adquirir outros itens exclusivos na loja. Portanto, não perca essa oportunidade!

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Memórias Póstumas de Brás Cubas está no 1º ranking de vendas da Amazon https://canalmynews.com.br/mais/memorias-postumas-de-bras-cubas-esta-no-1o-ranking-de-vendas-da-amazon/ Tue, 21 May 2024 18:38:48 +0000 https://localhost:8000/?p=43231 Em segundo lugar O Idiota, do autor russo Fyodor Dostoyesky

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O livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, está em primeiro lugar nas vendas da Amazon de literatura latino-americana e caribenha. O livro saiu pela editora Penguin Classics com tradução de Flora Thomson-DeVaux. Em segundo lugar no ranking da Amazon, está o livro O Idiota do autor russo Fyodor Dostoyesky. Em terceiro lugar vem Amor nos Tempos de Cólera, do Gabriel Garcia Marquez.

O primeiro lugar no ranking de vendas de Memórias Póstumas veio depois de posts que viralizaram no Tik Tok após uma resenha positiva da influenciadora americana Courtney Henning Novak. “Eu absolutamente amei Memórias Póstuma de Brás Cubas, de Machado de Assis. Seriamente, este é provavelmente meu novo livro favorito. Eu vou definitivamente ler mais livros desse autor e mais literatura brasileira”.

Segundo a professora de literatura brasileira do Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Andréa Sirihal Werkema, Machado de Assis é talvez o maior escritor brasileiro. “Machado de Assis é um escritor do século 19 e é formado num ponto de vista oitocentista. Noventa por cento dos seus escritos é sempre baseado na realidade nacional de sua época. Ele é um grande conhecedor do que acontece no Brasil durante os anos em que ele viveu. Além de ser um intelectual e erudito, ele era um homem muito atento a tudo o que acontecia no Brasil naquele momento”.

A professora lembra que Courtney Henning Novak não é a primeira leitora em língua inglesa que se impressiona com Memórias Póstumas. Andréa destaca que a tradução lida pela influenciadora foi muito elogiada.

“Ele é um escritor que muda o nosso modo de ver a literatura. Ele deveria ser mais conhecido, mas temos a barreira da língua. Não temos um autor que seja tão universal quanto o Machado pelos temas que ele trabalha, pela capacidade que ele tem de mobilizar todo um patrimônio literário que aparece na sua obra, com citações a inúmeros outros autores. Ele permanece com muito frescor. Ele é um escritor negro num país que escravizava pessoas negras, e apesar disso tudo, ele conseguiu vir a ser nosso grande representante literário e espantar as pessoas até hoje”, diz Andréa.

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Livro “Como ter dinheiro para a vida toda” | Mara Luquet https://canalmynews.com.br/lojinha-dos-membros/livro-como-ter-dinheiro-para-a-vida-toda-mara-luquet/ Sun, 21 Jan 2024 21:39:12 +0000 https://localhost:8000/?p=42095 O que está acontecendo? Como se preparar? Onde investir? Uma segunda carreira é possível?

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As mudanças na previdência no Brasil e no mundo. O que está ocorrendo na França que levou a sucessivos protestos contra o presidente Macron? As incertezas das caixas de Previdência em Portugal e outros países, inclusive o Brasil, que enfrentam os desafios do aumento da expectativa de vida e a queda de natalidade. A nova pirâmide etária coloca em xeque o modelo previdenciário que vigorou por décadas e traz novos desafios. O que está acontecendo? Como se preparar? Onde investir? Uma segunda carreira é possível?

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Ainda não li, mas o novo livro de Mario Prata, “uma quase autobiografia”, promete ser o lançamento do ano https://canalmynews.com.br/balaio-do-kotscho/ainda-nao-li-mas-o-novo-livro-de-mario-prata-uma-quase-autobiografia-promete-ser-o-lancamento-do-ano/ Sat, 30 Sep 2023 16:13:34 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40155 Vem aí um livrão, com certeza.

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Vem aí um livrão, com certeza. Criador de 687 personagens em seus 23 livros, 10 peças de teatro, 6 telenovelas, 5 séries e mais de três mil crônicas, o jornalista, escritor e noveleiro Mario Prata é ele próprio o melhor personagem criado em sua já longeva carreira de contador de histórias.

“Pelo Buraco da Fechadura – Eu vi um Baile de Debutantes – Uma quase autobiografia” (Geração Editorial, 400 páginas) tem lançamento marcado para o dia 26 de outubro, com debate entre o autor e o escritor Fernando Morais, meus companheiros de divertidas temporadas no Spa São Pedro, em Sorocaba (SP). Como Pratinha é um gozador nato, melhor seria chamar o livro de “antibiografia”, pois ele é capaz de rir dele mesmo.

Tive o privilégio de conviver com os dois em algumas destas temporadas no Spa do doutor Chico, que ficou nosso velho amigo. Até fizemos lançamentos de livros lá. Eles eram como Gordo e o Magro, cada um levado para lá por razões diferentes. O Gordo, Morais, estava gordo mesmo e precisava emagrecer. Mas o que fazia lá o magérrimo Pratinha? Ia pra lá para… escrever e “fazer um detox”. Boêmio profissional, vrava um monge abstêmio. Parecia debochar dos outros pacientes com a simples presença naquele lugar, tamanho era o contraste de barrigas, que inspiraram dois livros seus de sucesso: “O Diário de um Magro I e II”. 

Faz muito tempo que Pratinha foi morar em Santa Catarina, na beira do mar de Florianópolis, um doce exílio para quem vive de escrever, mas nem sabia que ele trabalhava num novo livro que está chegando agora às livrarias, vendido a algo em torno de 80 reais, um preço módico para o que a mercadoria promete. 

“Com toques de incrível humor e comovente ternura, Mário Prata conta suas memórias de um jeito absolutamente extraordinário. Um resgate muito pessoal de um período rico da nossa vida cultural. É como se estivesse nos contando sua história e a do Brasil numa mesa de bar”, escreveu sobre o livro o editor Luiz Fernando Emediato, também jornalista e meu amigo. 

Fiquei sabendo da boa novidade pelo O Sol, o excelente jornal pessoal do Alberto Villas, outro amigo, uma newsletter político-cultural que nos traz os principais fatos do dia comentados logo cedo. Sou bom de amigos… Villas ficou encantado com o livro:  

“São historinhas, uma mais deliciosa que a outra. Ele conta suas aventuras de infancia, na rua, na mesa do jantar, nas redações por onde andou, nas escolas por onde passou, além dos 687 personagens, com detalhes preciosos e muito humor”.  

É um livro bem familiar, como show do Gilberto Gil, revela a filha Maria Prata, autora da orelha, também jornalista e consultora de moda da Globo, onde o irmão Antonio ficou com a vaga do pai nas novelas, depois de auxiliá-lo em “Bang-Bang”.

A orelha de Maria Prata:

“Com esta orelha aqui, somam-se nove na criação deste livro: um par do meu pai, o autor, outro do Pedro, meu irmão que assina a foto dele, mais um do Antonio, o irmão do prefácio, as minhas duas, claro, e essa, de papel mesmo, que você tem em mãos. Estou aqui contando orelhas porque é a primeira vez que meu pai junta os filhos para estarem com ele em um livro. E faz todo o sentido, uma vez que o livro são as memórias dele. E que memórias! Meu pai, assim como grande parte da família Prata é um exímio contador de histórias. Passei parte da vida, portanto, ouvindo muitas das que estão aqui – e outra parte vivendo algumas delas. Desde que me entendo por gente, quando estou com meu pai, uma cena se repete: ele sentado, falando, falando, e um tanto de gente em volta, atenta. E gargalhadas. Este livro é como ter meu pai nas mãos. Ele aqui comigo, com você, contando suas histórias. Mas agora, além de fazer você gargalhar, também vai surpreende-lo, relembrar, aprender, e até mesmo faze-lo chorar, quem sabe? O livro tem histórias incríveis, que falam com todo mundo – a da batalha da Maria Antonia e outros momentos da ditadura, por exemplo. Mas muitas outras, bastante pessoais, que não interessariam a ninguém, não fosse o faro fino que o autor tem para o que nasce para ser contado – se bem contado., claro. E isso ele faz como ninguém. Poder ter Mario Prata te contando histórias assim, ao pé da(ih, mais uma) orelha, é privilégio. Boa leitura!”.

É verdade, Maria. Sou testemunha disso. 

Vida que segue. 

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“O verão em que mamãe teve olhos verdes”, de Tatiana Tibuleac, é a obra do Clube do Livro do MyNews em abril https://canalmynews.com.br/clube-do-livro/o-verao-em-que-mamae-teve-olhos-verdes-de-tatiana-tibuleac-e-a-obra-do-clube-do-livro-do-mynews-em-abril/ Sun, 23 Apr 2023 19:47:56 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37220 Livro trata de amor e ódio e está com 15% de desconto na livraria Dois Pontos para os membros do MyNews até o final de abril

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“O verão em que mamãe teve olhos verdes”, ganhou o prêmio Cálamo em 2019 e o Prêmio de Literatura da União Europeia. A história se passa num vilarejo francês com personagens sedutores fazendo uma espécie de “ginástica do sentimento”, numa família desestruturada. É um romance da maior ternura e com um grau de acidez surpreendente. À medida que você for avançando na obra ela irá te fisgar, prometo! Não só pelo conteúdo, mas também pela forma. Um livro que chacoalha mesmo, mexe com as nossas crenças, não termina na última página. A gente acaba e segue pensando sobre ele. Coisa que só as grandes obras literárias nos proporcionam.

Tatiana Tibuleac é da Moldávia, país do leste europeu. Um lugar que se destaca por ter o menor IDH, Índice de Desenvolvimento Humano, do continente. É lindo ver como Tibuleac consegue fugir do lugar comum, fazer metáforas tão bem construídas. O tradutor da obra é Fernando Klabin e o lançamento é da editora Mundaréu, pela coleção Mundo Afora.

O livro começa com o filho, Aleksy, recém-saído de uma espécie de escola/reformatório, sendo recolhido pela mãe. Ela é uma mulher ausente na vida de Aleksy e o convida para passarem as férias juntos. “Naquela manhã em que a odiava mais do que nunca, mamãe completou trinta e nove anos. Era gorda, baixinha, burra e feia. Era a mãe mais imprestável que já havia existido. Observava-a pela vidraça da janela, parecia uma mendiga junto ao portão da escola. Eu a teria matado sem pensar duas vezes”, lembra o personagem principal. Isso é só o começo, daí pra frente, o livro só cresce!

Ao final do livro, eu estava questionando as minhas relações familiares, o quanto investimos de energia em bobagens, as projeções que fazemos sobre nossos ídolos e até mesmo as atitudes de jornalistas, psicanalistas, educadores, artistas, vizinhos… É uma trama que parte da relação entre uma mãe e um filho, mas revela inúmeras camadas.

O romance, escrito originalmente em romeno, tem frases curtas, flui, é quase cinematográfico. São setenta e sete capítulos que revelam a jornada de Aleksy que, por obrigação, torna-se o cuidador de sua mãe. Aleksy tem uma condição psicológica especial. É por isso que a obra começa na escola/reformatório onde ele está internado desde a infância. Muito impressionante a maneira como Tatiana consegue contar toda a história de vida com pequenos flashbacks e fazer isso com um texto poético.

O fio condutor é o olhar. Aleksy transforma a perspectiva do olhar materno. O romance mostra uma mãe sem apoio, enfrentando inúmeros problemas, que tenta mostrar que amou seu filho como pôde. Vale cada página. Certamente essa é uma autora sobre a qual ainda ouviremos falar muito.

Infos do clube do livro:
Às 18h30, terça-feira, dia 25/4, live no YouTube com Silvia Naschenveng, editora da Mundaréu. legal

Às 20h encontro com os leitores pelo Google Meet.

 

 

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Livro de posse e faixa presidencial que Lula usou são oficiais https://canalmynews.com.br/politica/livro-de-posse-e-faixa-presidencial-que-lula-usou-sao-oficiais/ Wed, 04 Jan 2023 12:06:43 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=35256 Redes sociais divulgaram desinformação sobre documento

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Durante a posse do presidente Luiz Inácio do Lula da Silva, no último domingo (1º), as redes sociais foram inundadas por informações falsas sobre a faixa presidencial e até mesmo sobre o livro de posse assinado pelo mandatário na sessão do Congresso Nacional.

No caso da faixa, usuários de plataformas na internet espalharam imagens das faixas usadas por Lula e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para dizer que a do petista não seria verdadeira.

De fato, as faixas utilizadas por Lula e Bolsonaro são diferentes, mas ambas são objetos oficiais da Presidência da República. Isso porque existem duas versões da faixa. Aquela recebida por Lula após subir rampa do Palácio do Planalto é a mais antiga, confeccionada em 1991 e utilizada por Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff.

Acervo
Durante o governo Lula, em 2008, uma outra faixa foi confeccionada pela Presidência da República e passou a fazer parte do acervo. Essa é a mesma que foi usada por Bolsonaro na sua posse, em 2019, mas também por Dilma Russeff, na posse do seu primeiro mandato, em 2011.

Já a desinformação sobre o termo de posse se espalhou com a imagem de que o livro assinado por Lula não seria oficial por não ter a fita verde e amarela usada em posses anteriores. O livro de posse é um documento histórico assinado por todos os presidentes, desde o início da república.

Durante a sessão solene do Congresso Nacional que empossou Lula, o presidente assinou o terceiro volume do livro de posse. Por ser um livro novo, não foi preciso usar a fita verde e amarela que nas posses anteriores marcava a página que deveria ser assinada, esclareceu o Senado Federal. O segundo volume foi encerrado por falta de espaço após a posse de Jair Bolsonaro em 2019.

Os três volumes do Termo de Posse ficam sob a guarda do Arquivo do Senado e estão disponíveis para consulta na página de documentos digitalizados do portal institucional da Casa.

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Flip teve mesmo público de antes da pandemia, com 25 mil pessoas https://canalmynews.com.br/mais/flip-teve-mesmo-publico-de-antes-da-pandemia-com-25-mil-pessoas/ Mon, 28 Nov 2022 21:37:41 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34739 Hoteis em Paraty ficaram com taxa de ocupação em 90%

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Terminou neste domingo (27) a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que em sua 20ª edição homenageou a escritora Maria Firmina dos Reis, autora do primeiro romance abolicionista do país, Úrsula, lançado em 1859. Durante cinco dias, o público retornou à cidade do litoral sul fluminense, depois de dois anos acompanhando os debates literários apenas de forma on-line, devido à pandemia de covid-19.

De acordo com o diretor artístico da Flip, Mauro Munhoz, a taxa de ocupação nos hotéis e pousadas de Paraty chegou a 90% durante os dias da festa, o que representa um público de 25 mil pessoas, número próximo ao recebido na última edição presencial da Flip, em 2019. “O público estava de fato ansioso pelo retorno ao presencial e fez conosco uma linda comemoração de 20 anos”, disse ele.

Munhoz ressalta que havia muitas dúvidas sobre o evento ser presencial, além da mudança de data para novembro, quando normalmente ocorre nos meses de junho e julho, além da coincidência com a Copa do Mundo de Futebol.

“Como seria fazer a Flip no verão? Choveria? E a Copa? Como o clima político e social afetaria a festa? Todas essas perguntas foram respondidas pela ocupação da cidade, pelos aplausos do público durante as mesas e pelos tantos encontros que aconteceram durante a festa. A estação das chuvas foi generosa conosco e apenas refrescou os dias de calor. A Copa, por sua vez, contribuiu para o clima de festa que tradicionalmente se espalha pela cidade durante a realização da Flip”.

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Para ele, o resultado superou as expectativas e reflete o trabalho intenso realizado pela organização junto à comunidade de Paraty.

“Esses cinco dias são resultado de um longo percurso, não só pelos meses de trabalho que antecede a festa, mas, sobretudo, pelas ações de permanência e enraizamento no território que dão sustentação ao que pudemos experienciar desde quarta-feira (23)”.

O evento contou com 17 mesas na programação principal, com convidados como a educadora e filósofa Guarani Mbya Cris Takuá, a filósofa e escritora Djamila Ribeiro, a professora norte-americana Saidiya Hartman, a antropóloga argentina Rita Segato, o crítico literário Luiz Mauricio Azevedo, a poeta performer luso-angolana Alice Neto de Sousa, o ator, diretor e escritor baiano Lázaro Ramos e as autoras Cecilia Pavón, Cidinha da Silva, Ladee Hubbard, Nastassja Martin e Teresa Cárdenas.

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O poder das ideias erradas https://canalmynews.com.br/economia/o-poder-das-ideias-erradas/ Sun, 17 Jul 2022 04:04:15 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=31634 Livro mostra décadas de escolhas que empurraram o país para uma estagnação que faz economia patinar num crescimento médio de 2% ao ano de 1980 a 2020. "É um filme de terror", diz o autor Luis Eduardo Assis

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Se o Brasil acabasse agora não teria um final feliz. A PEC Kamikaze, ou PEC da Esculhambação Fiscal, como batizou o economista Luis Eduardo Assis, é o prenúncio de que dias melhores não virão. Este pacote eleitoreiro coloca uma cena de horror extremo a um filme que há quatro décadas nos deixa temerosos.

“O que o leitor desocupado tem diante de si é uma sequência de fotogramas”,  diz Assis logo no prefácio do livro. “Mas quando lidos em sequência, se transformam em um pequeno filme sobre a nossa história recente”. O livro sai pela editora Almedina em parceria com o Canal MyNews.

“Durante algumas décadas parecia que o Brasil iria dar certo”, escreve Assis. De 1940 a 1980 o PIB brasileiro cresceu a uma taxa média de 7% ao ano.  O Brasil já foi uma China. Mas isso ficou num passado distante. De 1980 a 2020, o crescimento médio caiu para 2% anuais. Estimativas do Ibre/FGV mostram que a renda per capita de 2013 só será alcançada novamente em 2028.

Esses e outros dados estão no livro. A obra reúne artigos publicados por ele em grande parte no jornal O Estado de São Paulo. “O poder das ideias erradas – a saga da estagnação brasileira” traz um bom apanhado das escolhas de política econômica nos últimos 15 anos.

A leitura é agradável, divertida até.  Mas principalmente é uma maneira de entender porque é difícil um país dar certo e porque o Brasil deu errado.

Nesse contexto, a PEC é mais uma ideia errada com poder de atrasar o crescimento.

“Pela riqueza de dados e pela clareza da análise eles podem ser lidos de diversas maneiras”, diz  José Paulo Kupfer, um dos mais reconhecidos jornalistas econômicos do País. É ele quem  assina o texto de apresentação do livro.

O livro pode ser lido:

Primeiro como memória do tempo em que os fatos se desenrolam,

Depois como retratos detalhados de cada momento em que os dramas, tragédias e comédias da economia tiveram lugar,

E por fim, como método de análise da conjuntura econômica.

“Luis Eduardo domina como pucos os instrumental analítico para enfrentar a desafiadora empreitada a que se propõe”, diz Kupfer.  “Com o luxuoso adicional de uma escrita clara e elegante”.

O livro já está a venda e membros do canal MyNews podem pegar seu código na comunidade para comprar com desconto e ser avisado da live com o autor.

 

 

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“Morreste-me” é a obra do Clube do Livro do MyNews em setembro https://canalmynews.com.br/vip/morreste-me-e-a-obra-do-clube-do-livro-do-mynews-em-setembro/ Thu, 16 Sep 2021 20:16:05 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/morreste-me-e-a-obra-do-clube-do-livro-do-mynews-em-setembro/ Publicada no ano 2000 em Portugal e em 2015 no Brasil, “Morreste-me” é um livro tocante e comovente. O relato da morte do pai, o luto e, ao mesmo tempo, uma homenagem

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“Morreste-me” é obra do Clube do Livro do MyNews em setembro https://canalmynews.com.br/mais/morreste-me-e-obra-do-clube-do-livro-do-mynews-em-setembro-2/ Fri, 03 Sep 2021 12:21:30 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/morreste-me-e-obra-do-clube-do-livro-do-mynews-em-setembro-2/ Livro do mês está com 30% de desconto para os membros do canal na editora Dublinense. “Morreste-me” foi a obra que revelou o escritor português José Luis Peixoto

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'Morreste-me', de José Luís Peixoto, é a obra do mês no Clube do Livro MyNews
‘Morreste-me’, de José Luís Peixoto, é a obra do mês no Clube do Livro MyNews. Foto: Reprodução (Divulgação)

Clube do Livro de setembro traz “Morreste-me” do escritor José Luis Peixoto

Publicada no ano 2000 em Portugal e em 2015 no Brasil, “Morreste-me” é um livro tocante e comovente. O relato da morte do pai, o luto e, ao mesmo tempo, uma homenagem. Já aviso logo de início: prepare-se para se emocionar. Os mais “manteiga derretida”, como eu, vão chorar. E digo mais: é lindo, vale cada lágrima. Nos toca a forma como o filho conta sua própria vida depois da morte do pai. Ele se aborrece com o mundo que insiste em continuar girando, enquanto aquele vazio preenche a casa e afronta a rotina. O filho conversa com o pai “impossivelmente morto” enquanto relembra os últimos momentos juntos em casa ou no hospital. A resposta do narrador à “mágoa indiferente deste mundo que finge continuar” é: “Pai. Tudo o que te sobreviveu me agride. Pai. Nunca esquecerei”. 

Ao escrever, pensar e falar sobre a morte, o autor faz uma reflexão sobre a vida, o amor, o tempo. Valores tão caros à nossa existência e, ao mesmo tempo, tão menosprezados. Peixoto escreveu “Morreste-me” aos 21 anos, em 1996. Quando a obra chegou às livrarias do Brasil em 2015, ele já era considerado um dos principais autores de sua geração. O livro também trata do amadurecimento. “Pai, que nunca te vi tão vulnerável, olhar de menino assustado perdido a pedir ajuda. Pai, meu pequeno filho”. Para nossa sorte, diante da dor extrema, o filho se descobriu escritor. Numa entrevista na época do lançamento, Peixoto classificou assim a literatura: “Por meio dela, tentamos encontrar sentido, referências para não nos perdermos do essencial. Ela dá proporção, equilibra a memória, limpa o pensamento”. Isso vale para escritores e leitores. 

A prosa de José Luiz Peixoto é poética. O livro é curtíssimo e simples. Quando a gente acaba, dá vontade de reler e chorar de novo. Impressiona demais como ele cuida da composição de palavras, ilumina o singelo do dia a dia. Nos mostra a grandeza dos acontecimentos mais prosaicos. O resultado é um concerto que toca a alma. Logo depois de lançado em Portugal, o livro teve um imenso reconhecimento da crítica e do público. Ganhou fama,  foi traduzido em inúmeros idiomas, é estudado em universidades nacionais e estrangeiras, virou objeto de teses de mestrado, doutorado  e artigos científicos. Quem me apresentou o livro foi Tainá Corrêa, jornalista do site e canal no YouTube Revista Bula, que trata de cultura. “Morreste-me” já entrou em várias listas da Revista Bula: “livros para ler em um dia”; “10 livros de tirar o fôlego”; “os 20 livros mais impactantes dos últimos 50 anos” e “15 livros que devem estar na sua lista de leituras em 2021”. Só por aí já dá pra saber que é um livro raramente esquecido. 

É triste, é bonito e, sem pieguices, fala da desesperança. Uma leitura delicada em tempos de lutos infinitos. Espero ouvir você na nossa reunião de leitores, sempre na última terça-feira do mês, dia 28 de setembro, às 21h

Conhece José Luís Peixoto?

José Luís Peixoto nasceu em Galveias, em 1974. É um dos autores de maior destaque da literatura portuguesa contemporânea. A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias, traduzidas num vasto número de idiomas, e é estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras. Em 2001, acompanhando um imenso reconhecimento da crítica e do público, foi atribuído o Prêmio Literário José Saramago ao romance “Nenhum olhar”. Em 2007, “Cemitério de pianos” recebeu o Prêmio Cálamo Otra Mirada, destinado ao melhor romance estrangeiro publicado na Espanha. Com “Livro”, venceu o Prêmio Libro d’Europa, atribuído na Itália ao melhor romance europeu do ano anterior. Em 2016, venceu o Prêmio Oceanos com “Galveias”. As suas obras foram ainda finalistas de prêmios internacionais como o Fémina (França), Impac Dublin (Irlanda) e Portugal Telecom (Brasil). Na poesia, o livro “Gaveta de papéis” recebeu o Prêmio Daniel Faria, e “A criança em ruínas” recebeu o Prêmio da Sociedade Portuguesa de Autores

O jornal francês “Le Monde”, considerou a obra “uma extraordinária forma de interpretar o mundo”.

“Um dos escritores mais dotados de seu país.”

— Le monde

“Peixoto tem uma extraordinária forma de interpretar o mundo, expressa pelas suas escolhas certeiras de linguagem e de imagens.”

— Times Litterary Supplement

O escritor português José Luís Peixoto é o autor de “Morreste-me”, obra de setembro do Clube do Livro do MyNews.
O escritor português José Luís Peixoto é o autor de “Morreste-me”, obra de setembro do Clube do Livro do MyNews. Foto: Reprodução (Arquivo Pessoal)

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“O Som do Rugido da Onça”, de Micheliny Verunschk, é obra do Clube do Livro do MyNews https://canalmynews.com.br/mais/o-som-do-rugido-da-onca-de-micheliny-verunschk-e-obra-do-clube-do-livro-do-mynews-no-mes-de-julho-2/ Wed, 07 Jul 2021 18:12:19 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/o-som-do-rugido-da-onca-de-micheliny-verunschk-e-obra-do-clube-do-livro-do-mynews-no-mes-de-julho-2/ Membros do canal têm 30% de desconto na compra do livro no site da Cia das Letras. A autora foi finalista do principal prêmio literário de língua portuguesa

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O Clube do Livro do MyNews entra no ciclo de julho com uma nova obra e com a confirmação de um novo encontro entre leitores (27/7), além da Live com a autora (30/7). A obra selecionada para o julho é “O som do rugido da Onça”, quinto romance da escritora e historiadora pernambucana  Micheliny Verunschk. 

'O som do rugido da Onça', livro escrito pela autora Micheliny Verunschk.
‘O som do rugido da Onça’, livro escrito pela autora Micheliny Verunschk. Foto: Reprodução (Cia das Letras).

A obra joga luz sobre a história de duas crianças indígenas raptadas no Brasil do século XIX. A autora constrói uma poderosa narrativa que deixa de lado a historiografia hegemônica para dar protagonismo às crianças – no livro batizadas de Iñe-e e Juri – arrancadas de sua terra natal. O livro retrata o drama vivido pelos povos originários, que se estende de forma estarrecedora aos nossos dias. 

Para garantir as participações no encontro entre leitores, a live com a escritora e o desconto de 30% na compra do livro, é preciso ser membro do MyNews. Se já é membro, clique aqui para acessar seu código de desconto e conferir a programação dos eventos de julho.

Mais sobre “O som do rugido da Onça” de Micheliny Verunschk

Em 1817, Spix e Martius, naturalistas alemães, desembarcaram no Brasil com a missão de registrar suas impressões sobre o país. Três anos e 10 mil quilômetros depois, os exploradores voltaram a Munique trazendo consigo não apenas um extenso relato da viagem, mas também um menino e uma menina indígenas, que morreriam pouco tempo depois de chegar em solo europeu. As anotações do zoólogo Johann Baptist von Spix e o botânico Carl Friedrich von Martius deram origem ao célebre relato “Viagem pelo Brasi”. Na versão dos exploradores, as crianças estavam sob o jugo dos “bárbaros”. No entanto, as evidências nos mostram o contrário. 

Entrelaçando a trama do século XIX ao Brasil contemporâneo, o leitor é apresentado também a Josefa, jovem que reconhece as lacunas de seu passado ao ver a imagem de Iñe-e em uma exposição. Josefa é paraense, com um passado familiar infeliz, migra para São Paulo e busca reconstruir sua vida rasurando as próprias raízes. Mas isso muda quando ela tem notícia, por meio de uma visita casual à mostra da Coleção Brasiliana do Itaú Cultural, dos retratos e do destino trágico das crianças indígenas, em especial as duas crianças que chegaram vivas a Munique.  Josefa se identifica com a menina Iñe-e, de 12 anos, e começa um processo de tomada de consciência de sua própria condição. 

O professor de teoria literária da Unicamp, Alcir Pécora, em artigo para a Folha de S. Paulo, diz que a prosa de Micheliny é poética, entremeada pela estranheza, o colorido e a sonoridade de palavras indígenas. “Em termos literários, o principal recurso aplicado por Verunschk é o do “fluxo de consciência”, que simula o que iria pela cabeça dos indígenas exibidos como curiosidades a gentes desconhecidas. A forma como ela o faz não é primária, nem tributária de uma representação literal. Basicamente, opta por uma prosa poética, entremeada pela estranheza, colorido e sonoridade de palavras indígenas, que, por vezes, surgem como onomatopéias dos animais e ruídos da floresta”, diz Pécora.

O livro é ancorado numa rica pesquisa documental. Uma obra sem paralelos na literatura brasileira que trata de memória, colonialismo e pertencimento. 

Opinião de quem já leu

“Um romance que expande as fronteiras da arte literária ao trazer memória, argumentos antropológicos e o melhor que a ficção pode nos oferecer.” – Itamar Vieira Junior, autor de Torto arado. 

“Palavras mágicas com poder de criar mundos. Muito bom de ler.” – Ailton Krenak, líder inídgena, ambientalista, poeta e escritor. 

Sobre a autora

MICHELINY VERUNSCHK nasceu em 1972, em Pernambuco. Escritora e historiadora, venceu o Prêmio São Paulo de Literatura com Nossa Teresa: vida e morte de uma santa suicida (Patuá, 2014), foi duas vezes finalista do Prêmio Rio de Literatura, além de finalista do antigo Prêmio Portugal Telecom, hoje Prêmio Oceanos.

Micheliny Verunschk, autora do livro 'O som do rugido da Onça', obra do mês no Cube do Livro.
Micheliny Verunschk, autora do livro ‘O som do rugido da Onça’, obra do mês no Cube do Livro. Foto: Reprodução (Arquivo Pessoal).

Curiosidade: Você conhece o prêmio Oceanos?

O Oceanos é um prêmio que contempla toda a literatura em língua portuguesa. Concorrem a ele obras publicadas em todos os países lusófonos –  Portugal, Brasil, Moçambique, Angola, Cabo Verde dentre outros-  e mesmo em países  não lusófonos, abarcando obras publicadas em português em outros países como Espanha, EUA e Alemanha.  Diferentemente de outro prêmio internacional, o Prêmio Camões, -que é uma espécie de Nobel da língua portuguesa e que avalia o conjunto da obra-,  o prêmio Oceanos sempre avalia as obras publicadas na primeira edição no ano anterior.

Para o ano de 2021, por exemplo, só são aceitas inscrições de livros de 2020.

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Botão de membros no YouTube. Foto: Reprodução MyNews.

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Na literatura kafkiana as máscaras caem e a realidade é exposta por sonhos https://canalmynews.com.br/mais/na-literatura-kafkiana-as-mascaras-caem-e-a-realidade-e-exposta-por-sonhos/ Tue, 06 Jul 2021 12:35:52 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/na-literatura-kafkiana-as-mascaras-caem-e-a-realidade-e-exposta-por-sonhos/ Após 138 anos do nascimento de Franz Kafka, a obra do escritor tcheco ainda compreende estruturas e comportamentos capazes de retratar o mundo de hoje

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Em um dia como hoje, mas em 1883, em Praga, à época regida pelo Império austro-húngaro, atual República Tcheca, encarnava-se uma das maiores referências da literatura moderna: Franz Kafka.

Compreendendo a alienação e a brutalidade por intermédio da psique humana, Kafka pode ser interpretado como o correspondente mais análogo ao impulso fantasioso da vida, os sonhos – utópicos ou não –, responsáveis legítimos pela projeção e construção de diferentes mundos e sociedades.

Em um breve trecho de seu diário, o autor afirma que “visto da perspectiva da literatura, meu destino é muito simples. O impulso de representar minha vida onírica deslocou todo o resto para um plano secundário, que definhou assustadoramente.” Sua escrita, então, contempla uma exímia junção do imaginário com o concreto, no qual a realidade, massacrada por construções sociais, expõe as desigualdades entre julgamentos.

Na obra “A Metamorfose”, publicada em 1915, após a icônica passagem de transmutação de Gregor Samsa em um enorme inseto, Kafka reproduz nas falas da irmã caçula um discurso repleto de repulsa, envolvido por nuances de angústia e dor psicológica. Essa impactante definição das personagens, da ambientação e dos discursos reflete, justamente, a genialidade do escritor em contornar a crítica direta, privilegiando a literatura sobre as estruturas de convívio humano – nesse âmbito, Kafka flutua entre pautas que vão da política ao estabelecimento de padrões estéticos, passando por contextos econômicos e interpessoais.

A compaixão externada no início do livro, ancorada na imagem pura da irmã, altera-se, em um curto período, em sentimentos de ódio e não aceitação, representando a volatilidade sentimental e as máscaras sociais:

Gravura de Kafka feita por Jan Hladík.
Gravura de Kafka feita por Jan Hladík. Foto: Reprodução (Creative Commons).

“Eis que, ao aproximar-se dele com o objetivo de alimentá-lo, o faz com a ojeriza à sua exteriorização atual e com esperanças de que o irmão volte à condição humana, chegando ao extremo de provocar sua própria morte, através da dor psicológica e da debilidade física impregnada nele por aquela situação: – Ele tem que ir embora! – gritou a irmã. – É o único jeito, pai. O senhor precisa se desfazer da ideia de que aquilo é Gregor. Acreditar nisso, durante tanto tempo, tem sido a nossa desgraça. Como pode ser Gregor? Se fosse, há muito tempo teria percebido que seres humanos não podem viver com um bicho como aquele. E teria partido por conta própria”.

Não é à toa que, passados mais de 130 anos de seu nascimento, ainda empregamos a expressão ‘kafkiano’ para expressar, conforme esclarece o Aurélio, um ambiente de pesadelo, de irrealidade, de angústia e de absurdo; diz-se do que, no âmbito burocrático ou na civilização atual, se afasta da lógica ou da racionalidade.

Do negacionismo à tirania, da intolerância à indignação e da ascensão às mazelas sociais, Franz Kafka trouxe ao mundo a experiência do real por intermédio do infinito ficcional, e fez da sua própria vida literatura.

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Sérgio Camargo: o incendiário de Fahrenheit https://canalmynews.com.br/herminio-bernardo/sergio-camargo-o-incendiario-de-fahrenheit/ Sat, 19 Jun 2021 12:01:36 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/sergio-camargo-o-incendiario-de-fahrenheit/ “Deve haver alguma coisa nos livros”

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Eric Hobsbawn é considerado um dos maiores historiadores contemporâneos. A “Era dos Extremos” é uma das principais obras sobre a história recente da humanidade.

O britânico H. G. Wells se consagrou como escritor de ficção científica e considerado um visionário por trazer temas à frente de sua época.

O alemão Max Weber é tido como um dos pais da sociologia. A obra de Weber influenciou grandes pensadores e estudiosos como Nietzsche e Kant.

Presidente Jair Bolsonaro e Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares. Foto: Divulgação/Fundação Palmares.

As obras de Hobsbawn, Wells e Weber fazem parte de uma lista de mais de 5.300 livros que foram excluídos do acervo da Fundação Palmares. A decisão é do presidente da entidade, Sérgio Camargo, que alega que as obras são pautadas por ‘sexualização de crianças’, ‘bandidolatria’ e ‘material de estudo das revoluções marxistas’.

A lista das obras excluídas ainda inclui livros de Marx e Engels, além de um exemplar do escritor russo Nikolai Gógol. Diferentes grupos já acionaram a Justiça para reverter a exclusão das obras.

Os livros foram excluídos após a elaboração de um relatório sobre o acervo, feito pelo coordenador-chefe do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra, Marco Frenette.

Frenette era assessor de Roberto Alvim, ex-secretário de Cultura do governo Bolsonaro que foi demitido em janeiro de 2020 após apologia ao Nazismo.

Camargo ganhou notoriedade por atacar personalidades e questões do movimento negro enquanto preside a Fundação Palmares. Ele declarou ser contra o dia da Consciência Negra, criticou Zumbi dos Palmares e afirmou que a escravidão foi boa porque negros viveriam em condições melhores no Brasil do que na África.

Como afirma Guy Montag, “deve haver alguma coisa nos livros”.

A postura de Camargo lembra muito o que acontece em uma distopia de Ray Bradbury. Em “Fahrenheit 451”, Guy Montag é um bombeiro que trabalha com o objetivo de incendiar livros. Na história, os livros são proibidos e quem os porta é considerado um criminoso. Os bombeiros, então, queimam livros para “evitar que suas quimeras perturbem o sono dos cidadãos honestos”.

Você pode aproveitar a lista de “livros excluídos” por Camargo para usar como lista de “livros para ler”.

“Então, vê agora por que os livros são tão odiados e temidos? Eles mostram os poros no rosto da vida. As pessoas acomodadas só querem rostos de cera, sem poros, sem pêlos, sem expressão.”

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Novo ciclo de leitura começa com “Nove Noites” https://canalmynews.com.br/vip/novo-ciclo-de-leitura-comeca-com-nove-noites-2/ Fri, 14 May 2021 21:23:39 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/novo-ciclo-de-leitura-comeca-com-nove-noites-2/ Obra de Bernardo Carvalho é o livro do mês do Clube do Livro do MyNews. Nesse ano, está na lista da Fuvest

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Novo ciclo de leitura começa com “Nove Noites” https://canalmynews.com.br/mais/novo-ciclo-de-leitura-comeca-com-nove-noites/ Fri, 14 May 2021 17:00:53 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/novo-ciclo-de-leitura-comeca-com-nove-noites/ Obra de Bernardo Carvalho é o livro do mês do Clube do Livro do MyNews. Nesse ano, está na lista da Fuvest

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Entre todas as vantagens de ser membro do canal MyNews, a possibilidade de integrar o Clube do Livro pode ser compreendida como um verdadeiro privilégio, social e particular – afinal, constituindo-se em uma terapia literária, a leitura é sempre uma expedição à verdade, plenamente capaz de mudar universos.

Como fazer parte do Clube do Livro MyNews, por Myrian Clark.

Livro do mês

‘Nove Noites’ é a obra escolhida para o mês de maio no Clube do Livro do MyNews em parceria com a editora Companhia das Letras.

Publicado pela primeira vez em 2002, o romance produzido pelo escritor e jornalista Bernardo Carvalho é caracterizado por críticos como um verdadeiro fenômeno da literatura contemporânea – neste ano, pela primeira vez, o livro compõe o rol de leituras essenciais da Fuvest.

Vencedor do prêmio Oceanos de Literatura em Língua Portuguesa, o exemplar, embora baseado em fatos, experiências e pessoas reais, é um livro de ficção. Exímio em descontruir as estratégias da narrativa realista, Carvalho foi plenamente capaz de harmonizar memórias com imaginações no decorrer da narrativa, produzindo um intrigante efeito de atração.

'Nove Noite', de Bernardo Carvalho, é a obra do mês no Clube do Livro MyNews.
‘Nove Noite’, de Bernardo Carvalho, é a obra do mês no Clube do Livro MyNews. Foto: Reprodução (MyNews).

Qualquer dúvida, envie um e-mail para membros@admin.canalmynews.com.br.

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Como aproveitar o desconto para membros?

O cupom de desconto não é cumulativo com outras promoções já disponíveis no site. Ele pode ser aplicado apenas na compra de livros físicos vendidos pela editora Companhia das Letras. O desconto não será aplicado ao valor do frete. O cupom é intransferível, válido para um uso por CPF.

  • Acesse o site da Companhia das Letras.
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Seleção Especial

Para além de autores, gêneros e narrativas, o Clube preza também pela comunicação factual, explicativa, selecionando obras que dialogam com o atual contexto histórico que vivemos, evidenciando paixões, políticas e subjetividades contemporâneas.

A cada mês, então, a equipe MyNews indica um livro que pode ser adquirido com desconto pelos apoiadores oficiais do canal e que será discutido ao longo dos dias por intermédio de matérias no site e lives exclusivas, apresentadas pela jornalista Myrian Clark.

Ao final de cada leitura, os participantes do Clube têm acesso a um bate-papo especial com o autor da obra, onde é possível trocar experiências e se aprofundar ainda mais nos temas explorados. Além de convidados especiais que participam do Almoço do MyNews, como ilustradores, editores, críticos, historiadores, jornalistas, sociólogos e muito mais.

De questionamentos, por exemplo, sobre a constituição familiar (proposta do livro ‘Suíte Tóquio’, de Giovana Madalosso) à necessidade urgente de discutir a temática das complexas relações raciais que envolvem violência e negritude (como colocado em ‘O avesso da pele’, de Jeferson Tenório), o Clube do Livro é distinto em sua seleção, uma vez que visa o desenvolvimento de pautas progressistas.

Edições anteriores

Confira a playlist especial do Clube:

Live exclusiva com Giovana Madalosso, autora de ‘Suíte Tóquio’’, no Clube do Livro MyNews.

Live exclusiva com Jefferson Tenório, autor de ‘O avesso da pele’, no Clube do Livro MyNews.

Live exclusiva com Pedro Doria, autor de ‘Fascismo à brasileira’, no Clube do Livro MyNews.

Live de estreia do livro ‘Infidelidades Financeiras’, de Mara Luquet, parte do conteúdo exclusivo para membros.

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Livro tenta humanizar executivo Carlos Ghosn https://canalmynews.com.br/mara-luquet/livro-tenta-humanizar-executivo-carlos-ghosn/ Wed, 07 Apr 2021 17:03:25 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/livro-tenta-humanizar-executivo-carlos-ghosn/ Executivo foi preso por sonegação. Ghosn fugiu da prisão domiciliar no Japão e vive no Líbano desde dezembro de 2019

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Carlos Ghosn, que comandou em nível mundial três montadoras de automóveis Renault-Nissan-Mitsubishi, é muito claro sobre seus objetivos ao escrever seu recente livro. Já no prólogo, anuncia sua inocência e revela que quer denunciar o sistema judicial japonês, “um escândalo que muitos desconhecem”.

Livro relata a história de Carlos Ghosn. Foto: redes sociais

Acusado de crimes financeiros, Ghosn foi preso no dia 19 de novembro de 2018 ao aterrissar em Tóquio, a bordo de um avião privado. “Naquele momento, senti a fulgurante impressão de passar de Tudo a Nada”, diz ele no primeiro capítulo.

Ghosn nega as acusações que lhe são atribuídas e avalia que a origem delas pode estar na evolução dos rumos que a Aliança Renault-Nissan tomou nos últimos anos. Segundo ele, desde que o presidente francês Emmanuel Macron ascendeu ao poder, quis apresentar a Nissan como uma filial da Renault, empresa na qual o Estado francês detém 19,7% das ações. Ghosn sempre foi contrário a este posicionamento. No seu entender, a Aliança Renault-Nissan só daria certo se os japoneses se sentissem bem nela. “Seria um erro confiscar-lhes sua identidade, sua autonomia. Os japoneses precisavam formar com a Renault um grande grupo industrial onde pudessem se reconhecer nele”, afirma Ghosn que, em 1999, foi enviado ao Japão com a missão de reerguer a montadora que estava à beira da falência. Seu plano de recuperação da Nissan obteve tamanho sucesso que ele virou herói nacional, personagem até de história em quadrinhos.

Porém, explica, a partir de 2015, o descontentamento dos japoneses em relação a Aliança tornou-se cada vez maior, principalmente pelo fato de verem 43% de seus lucros serem contabilizados pela Renault devido à divisão acionária entre as duas empresas e, além disso, sem direito a voto.

Na tentativa de encontrar um equilíbrio entre o desejo de fusão vindo do Estado francês e o de autonomia por parte da Nissan, Ghosn conta que propôs criar uma holding da Aliança (inclusive com a Mitsubishi que já tinha sido adquirida pelo grupo), que garantisse autonomia operacional das três empresas. “Este parecia ser um bom compromisso”, avalia. Mas esta não foi a interpretação da Nissan.

Segundo Ghosn, as pressões dos políticos franceses se intensificaram para que ele concretizasse a fusão e esta atitude fez crescer ainda mais entre os japoneses seu tradicional espírito nacionalista. O impasse aconteceu no início de 2018. Com aposentadoria prevista para junho, foi pressionado pelo Estado francês a estender seu contrato por mais quatro anos, de forma a garantir a irreversibilidade da Aliança. Ghosn diz que hesitou, mas acabou por ceder. “Acredito que foi nesse momento que eu perdi a confiança dos japoneses”, avalia. Quatro meses depois, em novembro daquele mesmo ano, ele seria preso em Tóquio. O desenrolar desses acontecimentos é o que descreve no livro.

Ghosn conta que ao desembarcar em Tóquio naquele 19 de novembro foi imediatamente mantido em isolamento, sem direito a advogado ou a fazer um único telefonema. Poucas horas depois foi transferido para a prisão de Kosuge, onde ficou por 130 dias em uma cela sem aquecimento, em um momento que a temperatura girava em torno de 15 graus centígrados. “O frio esvazia a cabeça, congela os pensamentos, desumaniza você”, escreve. Ele revela que sua cela tinha seis metros quadrados e a luz permanecia acesa ininterruptamente; dormia no chão, sobre um tatame sem travesseiro e podia tomar dois banhos frios por semana. Sua rotina incluía longos interrogatórios diários que se estendiam muitas vezes até às dez horas da noite. “É um sistema desumano e cruel”, avalia.

Somente quatro meses depois de preso, após pagar uma fiança de um bilhão de ienes -pelo dólar da época, algo em torno de R$ 35 milhões-, ele conseguiria autorização para aguardar a data do julgamento em liberdade vigiada. Ficou um total de 14 meses em prisão domiciliar, até realizar a fuga cinematográfica de 30 de dezembro de 2019.

Ele explica que no sistema judicial japonês não existe a presunção de inocência. O réu é considerado culpado até que consiga provar o contrário. ”Se você não confessa, fica preso indefinidamente”, revela Ghosn, acrescentando que 99,4% dos acusados no Japão são declarados culpados. Diz que decidiu deixar o Japão quando viu que não teria chances de um julgamento imparcial.

Sobre sua fuga espetacular para Beirute revela muito pouco porque, segundo ele, não quer comprometer as pessoas envolvidas. Ele e a esposa Carole vivem hoje no Líbano, de onde não podem sair, pois seus nomes constam da lista vermelha de procurados pela Interpol.

O livro “Juntos, sempre”, que sai em português pela editora Intrínseca, tem linguagem direta, sem rodeios nem meias palavras, bem ao estilo de seu autor. Foi escrito conjuntamente por Carlos Ghosn e sua esposa. Intitulados com seus nomes Carole e Carlos, os capítulos se alternam entre um e outro para contar a visão da história de cada um: ele, na condição de prisioneiro, descreve suas dificuldades às voltas com a justiça japonesa; ela, para defender o marido, narra suas tratativas com diferentes interlocutores como autoridades, advogados, políticos, imprensa, ONGs e até mesmo a Organização das Nações Unidas.

Nessa alternância de narrativas, pontuam constantemente na obra conversas pessoais e trocas de correspondência afetiva entre os dois, plenas de juras de amor que poderiam ser mais sintéticas. Elas revelam, no entanto, o outro objetivo da obra que é o de humanizar a figura de Carlos Ghosn.

Conhecido no meio corporativo como um executivo ousado, frio, sem empatia pelo próximo, temido e admirado, mas não amado, o Ghosn que emerge das páginas de “Juntos, sempre” é o de um homem capaz de escrever declarações de amor eterno a sua esposa como: “Penso em você a cada minuto, a cada hora, você é a luz do meu coração, minha razão de viver. ”

À par carregar nas tintas do sentimentalismo, vale a leitura de “Juntos, sempre”, pelos bastidores do que acontece no mundo das grandes corporações e pelas denúncias que faz, pois elas vão além do caso individual de Carlos Ghosn.

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A visibilidade trans https://canalmynews.com.br/herminio-bernardo/literatura-em-fatos-a-visibilidade-trans/ Mon, 29 Mar 2021 19:01:42 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/literatura-em-fatos-a-visibilidade-trans/ Só para membros:A visibilidade no país que mais mata trans. A literatura traz o ‘ponto cardeal’

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Morte de Marielle Franco expôs pandemia criminosa sobre o Rio, diz autor de livro sobre o crime https://canalmynews.com.br/politica/morte-de-marielle-franco-expos-pandemia-criminosa-sobre-o-rio-diz-autor-de-livro-sobre-o-crime/ Sun, 13 Dec 2020 19:46:09 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/morte-de-marielle-franco-expos-pandemia-criminosa-sobre-o-rio-diz-autor-de-livro-sobre-o-crime/ MyNews conversou com Chico Otávio, autor de livro sobre o crime que já completou mil dias

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O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes completou mil dias na última terça-feira (8). O crime foi cometido em 14 de março de 2018 no Rio de Janeiro e até o momento a motivação continua desconhecida.

A Delegacia de Homicídios e o Ministério Público ainda investigam o caso. Um ano após o crime, em março de 2019, o policial reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio de Queiroz foram presos suspeitos de serem os executores. O mando do crime, no entanto, continua sem solução. Os investigadores apuram ainda se as armas usadas na execução foram jogadas no mar e a ligação de milicianos no caso.

O jornalista e escritor Chico Otávio, junto com a jornalista Vera Araújo, escreveu o livro “Mataram Marielle: como o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes escancarou o submundo do crime carioca” (Ed. Intrínseca). Em entrevista ao MyNews, ele afirma que a morte da vereadora ajudou a escancarar uma realidade que era, até então, em boa parte ignorada pela imprensa e pela sociedade.


MyNews: Qual foi o seu objetivo e da Vera com o livro? É uma espécie de reconstituição dos fatos desse crime?

Chico Otávio: Nós mergulhamos nessa história desde o primeiro momento. Nós acabamos juntando as nossas expertises. A Vera com a longa experiência dela no campo da segurança pública, ela é inclusive a inventora da expressão “milícia” com uma reportagem dela que começou a dar nome a essa organização paramilitar, e eu com a minha experiência na área de política, desde que eu entrei no O Globo em 1997. E esse crime tinha essa característica. É um mix entre o mundo criminoso e o mundo político. Então, foi uma combinação do ponto de vista da cobertura jornalística, uma combinação perfeita.

Você me perguntou como nasceu essa ideia do livro. Na verdade, foi um processo natural de uma apuração muito intensa que continuamos até hoje, cobrindo o caso, que não terminou. O jornal, mesmo com o site, não deu vazão, não deu conta de todo esse material apurado. Então sentíamos essa necessidade de ter um espaço maior para dar tudo aquilo que queríamos e melhor, amarrando as pontas numa única narrativa que facilitasse para o leitor entender todo esse processo da investigação desde o dia 14 de março de 2018.

Sessão solene em memória de Marielle Franco e Anderson Gomes na Câmara dos Deputados, em 18 de março de 2019
Sessão solene em memória de Marielle Franco e Anderson Gomes na Câmara dos Deputados, em 18 de março de 2019.
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ronnie Lessa e Elcio de Queiroz estão presos suspeitos de participação no crime que continua sem solução. Quem são eles? E estamos próximos de responder a pergunta: quem mandou matar Marielle?

Você falou em um crime sem solução, eu prefiro dizer que é um crime de solução parcial. Isso porque os supostos executores estão presos e, sinceramente, pela minha experiência com mais de 30 anos de estrada, acho que as provas colhidas contra os dois são bem razoáveis. É claro que não sabemos como funciona a cabeça de um tribunal do júri, provavelmente o caso vai ser julgado no segundo semestre de 2021. Não sabemos não sabe o que vai acontecer, mas a polícia arrecadou provas concretas de que o Ronnie Lessa pesquisou o endereço da Marielle nos dias que antecederam a morte da vereadora. Era o endereço do ex-marido, que constava como sendo o domicílio da Marielle no sistema de segurança pública.

E mais. Ele comprou equipamentos que têm ligação direta com a execução: silenciadores, equipamentos para submetralhadora, um equipamento que evita o rastreamento do carro. Então, tem todo um contexto. O movimento dos celulares dos dois executores até um ponto da Barra da Tijuca de onde o carro teria saído. Então, essas provas não são suficientes para botar o Ronnie Lessa e o Elcio de Queiroz no Cobalt [modelo de carro] que cercou a Marielle naquela noite no Estácio, eles não estão dentro do carro, em tese. Mas elas são bem razoáveis para significar uma condenação. 

O que falta é o mando. Quem teria contratado esses dois pistoleiros e por que motivo teriam contratado para executar Marielle e Anderson? A polícia tem uma linha de investigação forte que está em andamento. Evidentemente, não queremos divulgar nada e nem atrapalhar as investigações, mas a polícia está otimista. E o Ministério Público, talvez um pouco mais cauteloso, exigindo mais provas para apostar definitivamente nessa linha.

Analisando essa falta de resolução quanto ao mando, foi um crime bem planejado e sofisticado?

Acho que foi muito bem planejado, feito por profissionais. Quando resolvemos entrar para valer, a Vera que tinha mais experiência falou assim: “Chico, você está preparado para abrir as portas do inferno?”. Eu falei: “vamos nessa”, e foi o que aconteceu.

Impressionante o tamanho da coisa, o grau de sofisticação chegou a um ponto que determinadas organizações criminosas ligadas à contravenção e à milícia terceirizaram seus assassinatos e daí surgiu o escritório do crime. Temos episódios ligados ao escritório do crime que voltam ao ano de 2003, então essa relação sangrenta, obscura, já existia quase duas décadas antes do assassinato de Marielle. E de certa forma a cobertura nos permitiu lançar um olhar mais apurado para isso, para esse submundo. E foi surpreendente.

Mais surpreendente foi saber que de certa forma isso estava sendo ignorado pelas autoridades, pela imprensa e principalmente pela sociedade. Sinceramente, acho que a sociedade entendeu que enquanto eles estavam se matando, enquanto as mortes aconteciam no âmbito deles por disputas territoriais, deixava rolar. O problema foi quando mataram a Marielle, o que foi realmente um ponto fora da curva e acordou as autoridades. Na verdade, a própria sociedade acordou a mídia e eu me encaixo nisso, faço uma autocrítica para olhar com mais atenção para essa verdadeira pandemia criminosa que o Rio de Janeiro vive.

Qual a participação das milícias no caso da Marielle Franco e do Anderson Gomes? Pensando de forma geral no Rio de Janeiro, qual é o papel desses grupos na violência e no crime organizado?

Eu não posso entrar em detalhes, mas a hipótese mais forte da polícia trabalha com o crime de vingança. Algum miliciano ou milicianos, que a CPI das Milícias teria denunciado lá atrás em 2008, teria praticado agora uma vingança. Não podia atacar o Freixo, vamos atacar alguém que é ligado ao Freixo, vamos fazê-lo sofrer. A Marielle era quase uma afilhada política do Freixo, ela começou na Comissão de direitos humanos da Assembleia e foi uma aposta do Freixo. Ele mergulhou profundamente na campanha dela [para vereadora] em 2016.

Então, se tem uma relação com a milícia, a primeira delas é nessa linha aí. A linha mais forte de investigação da direção do mando envolve a milícia. E o segundo ponto é o próprio Ronnie Lessa. Ele tem uma ligação muito forte com a milícia da Gardênia Azul, ele teve uma passagem pelo escritório do crime. Então a ligação é profunda. O Ronnie Lessa teve uma academia de ginástica em Rio das Pedras. E ninguém tem uma academia de ginástica em Rio da Pedras sem o aval da milícia.

A vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada em março de 2018 no Rio de Janeiro
A vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada em março de 2018 no Rio de Janeiro.
(Foto: Renan Olaz/CMRJ)

O caso da Marielle repercutiu não só aqui no Brasil como em vários países, chamou a atenção da comunidade internacional. O que representou a morte de Marielle? Como você classificaria?

Olhando para as pesquisas do Lessa e do Elcio de Queiroz no Google, no Facebook, eu vi muito ódio, muito. As lutas identitárias, a questão racial… muito ódio e isso me espantou demais. Isso foi para mim o principal aprendizado. Como de certa forma esse ódio foi crescendo e muita gente não reparou. Eu não diria que o Lessa fez aquilo motivado pelo ódio, mas que ajudou, ajudou.

Segundo ponto importante: toda vez que chegávamos a algum suspeito, seja ele ex-PM ou miliciano, a primeira questão era buscar no site da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro ou da Câmara Municipal se ele tinha sido agraciado com alguma homenagem ou medalha, e era batata! Impressionante como a classe política passou a mão na cabeça desses caras. Eu não diria em termos de repercussão internacional que talvez a comunidade internacional tenha um interesse tão grande nesse assunto, mas eu fico espantado com o nível de ódio e de tolerância da classe política a esse ódio que estava o tempo todo presente, espreitando as lutas sociais no Rio de Janeiro. E acredito que não seja um problema do Rio, é um problema nacional.

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