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A Era do Ceticismo:A Desinformação Política e Notícias Falsas na Era Digital

A desinformação na era digital é um desafio crescente, com notícias falsas e deepfakes difundindo-se rapidamente. Para combater isso, a verificação de fatos e o pensamento crítico são fundamentais.

por Allex Ferreira em 18/09/23 13:20

Imagem criada por Allex Ferreira & Midjourney

Em uma era onde um simples clique pode inundar sua tela com informações, o desafio de discernir a verdade da falsidade nunca foi tão urgente. A internet, uma ferramenta projetada para democratizar a informação, ironicamente se tornou um terreno fértil para desinformação e notícias falsas. Este artigo tem como objetivo dissecar os fatores que alimentam essa epidemia digital e oferecer conselhos práticos para navegar nessa nesse cenário complexo.

A Ascensão da Desinformação

A desinformação é um fenômeno que existe há séculos, mas a internet ampliou significativamente seu alcance e velocidade. Agora, rumores que antes levavam semanas para se espalhar podem alcançar milhões de pessoas em segundos. Nesse contexto, a internet, potencializada pelas plataformas de redes sociais, torna-se um terreno fértil para a disseminação tanto de notícias fidedignas quanto de informações ilegítimas, alterando a forma como consumimos informações.

A velocidade da internet é uma faca corta para os dois lados nesse cenário. Embora permita o compartilhamento rápido de informações, muitas vezes essa rapidez compromete a precisão dos dados.

Para combater esse cenário, plataformas como Twitter e Facebook introduziram recursos para denunciar notícias falsas. No entanto, a responsabilidade não recai apenas sobre as plataformas; os usuários também têm um papel crucial. Vigilância, verificação de fatos e compartilhamento responsável de informações são etapas necessárias para mitigar o impacto da desinformação na sociedade.

Imagem criada por Allex Ferreira & Midjourney

O Perigo da Desinformação e as Ferramentas que auxiliam na Verificação de Fatos

Notícias falsas são histórias inteiramente fabricadas ou narrativas parcialmente falsas projetadas para enganar o público. Exemplos comuns incluem artigos que atribuem falsamente declarações a políticos ou usam imagens manipuladas para apoiar narrativas falsas.

A desinformação não se limita apenas a notícias falsas. Deepfakes, por exemplo, utilizam aprendizado de máquina para criar vídeos ou áudios hiper-realistas que são completamente deturpados da realidade. Isso faz com que pareça que indivíduos estão dizendo ou fazendo coisas que nunca fizeram, como um vídeo deepfake de um político fazendo declarações controversas ou um áudio manipulado imitando a voz de um líder.

Além de notícias falsas e deepfakes, a desinformação também pode ser tendenciosa ou enviesada, servindo muitas vezes a uma agenda específica. Isso pode ser observado em meios de comunicação que favorecem um determinado partido político ou que divulgam algum fato com a intenção de desvirtuá-lo da realidade. Para avaliar o nível de viés em diversos meios de comunicação, o site Media Bias/Fact Check pode ser uma ferramenta útil.

Para combater isso, existem recursos confiáveis que ajudam a identificar a veracidade dos conteúdos e canais de comunicação, como Snopes, FactCheck.org, PolitiFact, Deepware Scanner e o próprio site Media Bias/Fact Check.

A Psicologia por Trás da Crença em Notícias Falsas

Um estudo da Universidade do Sul da Califórnia, por exemplo, revela que as pessoas são mais propensas a compartilhar informações que se alinham com suas crenças, independentemente de serem verdadeiras ou não. Esse comportamento dificulta a análise imparcial que nos permite discernir entre o fato e a ficção, reforçando apenas as informações e contextos que corroboram a nossa própria visão e crença sobre o tema, independentemente da sua veracidade.

Esse fenômeno é ainda mais complicado pelo efeito Dunning-Kruger, um viés cognitivo que faz com que pessoas com conhecimento limitado ou superficial sobre um determinado tema superestimem sua própria competência. Esse excesso de confiança pode levar à disseminação de desinformação, pois esses indivíduos não apenas acreditam em notícias falsas, mas também as compartilham, pensando que estão bem informados.

Assim, essas tendências psicológicas trabalham em conjunto para criar um ambiente propício ao rápido compartilhamento de desinformação.

Nosso Papel no Combate a Desinformação

Navegar pelo campo minado da desinformação na era digital é uma tarefa complexa que exige um conjunto diversificado de habilidades e conhecimentos. A primeira linha de defesa nessa batalha é, sem dúvida, a verificação de fatos. Mas é importante entender que essa prática vai além de simplesmente checar se uma afirmação é verdadeira ou falsa. Ela demanda uma investigação meticulosa que leva em conta as nossas próprias crenças e valores, os quais podem distorcer nossa percepção da realidade e nos tornar suscetíveis a acreditar em informações inverídicas e nada fidedignas.

Além disso, a alfabetização midiática se torna crucial. Não basta apenas consumir informações; é preciso entender de onde elas vêm, quem as produz e com que intenção. Afinal, cada veículo de notícias tem sua própria abordagem para reportar eventos, e essa abordagem pode influenciar significativamente como interpretamos essas informações.

Mas a habilidade mais importante de todas é, talvez, o pensamento crítico. Em um mundo inundado de informações e desinformações, a capacidade de questionar é mais valiosa do que nunca. Isso envolve analisar a fonte da informação, entender sua intenção e avaliar seu conteúdo de forma crítica antes de formar uma opinião ou compartilhá-la. O pensamento crítico nos permite separar o joio do trigo e nos protege contra a manipulação e a exploração.

Em resumo, a era digital nos colocou em uma posição única: somos simultaneamente consumidores e potenciais disseminadores de desinformação. Portanto, estar ciente dos perigos, ser crítico em nossa abordagem e proativo em nossa busca pela verdade são passos fundamentais para não sermos apenas parte do problema, mas sim da solução. A responsabilidade é coletiva, e cada um de nós tem um papel a desempenhar para garantir que a verdade prevaleça. Portanto, a questão que permanece é: como vamos adaptar nossas estratégias para continuar eficazes na busca pela verdade? A resposta a essa pergunta não é apenas crucial para o indivíduo, mas para a sociedade como um todo. Tudo é falso até que se prove o contrário; a jornada pela verdade não tem ponto final.

Autor

Allex Ferreira, um artista visionário e fotógrafo, tem sido um pioneiro na intersecção de tecnologia e arte. Desde 2011, Allex tem explorado a tecnologia blockchain, sendo um dos primeiros adeptos do Bitcoin. Recentemente, voltou sua atenção para a inteligência artificial, integrando-a em seu trabalho artístico. Allex também contribui com escritos sobre blockchain, oferecendo uma perspectiva única sobre esta tecnologia revolucionária. Seja através da lente de uma câmera ou das últimas tendências tecnológicas, Allex sempre busca novas maneiras de unir tecnologia e arte.

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