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Bolsonaro “flerta” com partidos por 2022, diz Creomar de Souza

Provável candidato à reeleição, presidente estuda o “pacote mais atraente” para seu grupo político

por Luciana Tortorello em 26/04/21 17:27

Sem partido, o presidente Jair Bolsonaro “flerta” com possíveis legendas para encontrar o lugar ideal para participar das eleições de 2022, avalia o cientista político Creomar de Souza em entrevista ao Almoço do MyNews.

Em uma das mudanças deste cenário, a diretoria do PMB (Partido da Mulher Brasileira) aprovou a mudança de nome para Brasil 35. O partido comandado por Suêd Haidar está em contato com Bolsonaro e pode ser o destino do presidente.

Creomar, contudo, lembra que em 2018 o Partido Ecológico Nacional (PEN) aceitou alterar seu nome Patriotas com o objetivo de seduzir Bolsonaro. A agremiação, contudo, acabou preterida pelo PSL de Luciano Bivar.

“Esse é o momento em que a gente poderia chamar de momento do flerte, quando cada um dos partidos vai tentar oferecer o pacote mais atraente possível, não só para Bolsonaro, mas para o seu grupo político. É importante lembrar que o presidente tem um determinado número de deputados e que possivelmente vão tentar uma reeleição, provavelmente acomodados nessa legenda e também o próprio fato que a sua família é muito marcada pela participação na política. Então creio que esses elementos devem ser levados em consideração”, comenta o analista.

Mesmo com as dificuldades claras de Bolsonaro, ele continua um candidato competitivo, diz o analista de risco político da Dharma Politics. O PSL antes de Bolsonaro, tinha apenas oito deputados federais. Após abrigar o atual presidente no pleito de 2018, o partido consegue quase 60 deputados federais. Mais congressistas significa receber mais tempo de televisão e mais fundo partidário.

Souza destaca a queda da popularidade de Bolsonaro e que, apesar do desgaste causado pela pandemia de covid-19, ele segue tendo, no mínimo, 20% de ótimo e bom nas pesquisas de opinião.

“Agora, nessa segunda metade do governo, vislumbrando a eleição de 2022, o que resta ao presidente seria uma tentativa de normalização. O problema é que dependendo do nível de ajuste, ele pode ser interpretado por esses 20% como sendo um traidor de causas importantes, por isso que a gente acaba entrando nesse jogo. Em alguns momentos o presidente toma uma decisão que pode gerar a ele uma interpretação negativa junto a esses eleitores e, logo a seguir, faz uma declaração que é de choque e que desperta uma ideia autoritária. Eu creio que nós iremos nesse movimento até o fim das eleições em 2022”, opina Creomar de Souza.

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