Expectativa inicial era de que valor fosse de R$ 10,6 bilhões; venda contou com a presença de Bolsonaro
por Hermínio Bernardo em 30/04/21 18:59
A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro, a Cedae, foi leiloada por R$ 22,6 bilhões nesta sexta-feira (30). A venda, que aconteceu na Bolsa de Valores de São Paulo, incluiu três dos quatro blocos ofertados.
O valor superou em 114% a previsão de arrecadação da privatização, que era de R$ 10,6 bilhões.
O leilão contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), dos ministros Paulo Guedes (Economia), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil), além do governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC). A comitiva de Bolsonaro foi recebida com manifestantes no centro de São Paulo.
Na privatização, 35 municípios, incluindo a capital fluminense foram divididos em quatro blocos para concessão de 35 anos. Pelas regras, os vencedores do leilão devem universalizar os serviços até 2033 e investir R$ 30 bilhões.
O deputado estadual Alexandre Freitas (NOVO/RJ) defendeu a privatização para melhorar a qualidade do serviço.
“O saneamento básico vem sendo prejudicado há anos pela incompetência e ineficiência da estatal. É uma estatal que há anos não investe em absolutamente nada, degrada o meio ambiente e prejudica toda a população do Estado do Rio”, afirmou.
Já a deputada estadual Dani Monteiro (PSOL/RJ) criticou a privatização.
“A Cedae é hoje o maior bem público do Estado do Rio de Janeiro. Ela deve ser valorizada e estar no centro da nossa reorganização e reestruturação do desenvolvimento econômico do Estado, e não sendo fatiada e privatizada na parte que é mais interessante para aqueles que querem lucrar sobre um direito humano fundamental”, rebateu.
O professor de finanças e controle gerencial do Coppead/UFRJ Rodrigo Leite explica que é necessário fiscalizar a atuação das empresas vencedoras do leilão.
“A gente tem aguardar agora para saber se essas empresas vão realmente cumprir com os investimentos como elas têm que cumprir. As agências reguladoras de cada Estado vão ter de assumir um papel que não assumiram antes, que é a fiscalização”, disse.
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