Para conselheira do cônsul-geral do Brasil em Xangai, conflitos políticos não prejudicam ambiente de negócios “pragmático” dos chineses com o Brasil
por Juliana Causin em 28/05/21 21:53
Apesar dos atritos diplomáticos do governo federal com a China, as relações comerciais e econômicas de brasileiros com Pequim continuam promissoras. Essa é a avaliação de Thais Moretz, gerente geral e representante legal da Comexport trading na China e conselheira do cônsul-geral do Brasil em Xangai.
“O Brasil é um país amigo do ponto de vista chinês e do ponto de vista das prioridades das relações diplomáticas da China isso também não é um atrito dos mais graves”, afirma a empresária, que também é CEO do canal de negócios e-FeitoNaChina. “Do ponto de vista do empresário, atritos diplomáticos não interferem nos negócios”, avalia.
Em entrevista ao Dinheiro Na Conta, ela explica que os chineses ainda enxergam no Brasil uma oportunidade para construção de relações a longo prazo, a despeito de problemas recentes. “Um político de quatro anos não é muito para um país que tem uma história milenar. Fora que a China precisa do Brasil”, avalia a empresária que é mestre em Economia Política em Xangai pela ECNU (East China Normal University). “O chinês é pragmático nos negócios”, acrescenta.
Impacto da diplomacia na pandemia
Se a inimizade de figuras do governo brasileiro não interfere nas relações econômicas, Thais acredita que os atritos têm, no entanto, efeitos para a aquisição de vacinas e insumos para a pandemia.
“A gente chama de diplomacia da vacina porque é um assunto político. A China de fato controla os insumos e também projeta o seu soft power para os outros países não só no fornecimento de insumos, mas também mostrando toda a tecnologia que têm para fabricar os insumos”, diz.
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