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Para cientista político, arquivamento de caso Pazuello não fortalece Bolsonaro

O Exército publicou uma nota em que diz que a conclusão é de que o General Pazuello não participou de ato político e que, por isso, o procedimento seria arquivado

por Gabriela Lisbôa em 04/06/21 21:24

O Exército levou onze dias para analisar a situação do General Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde. No dia 23 de maio, o atual secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República participou de um ato político: junto com o presidente Jair Bolsonaro, subiu no palanque sem máscara e discursou. Segundo o regimento interno, oficiais da ativa não podem participar de atos políticos e um procedimento interno foi aberto para investigar a conduta do militar.

Na quinta-feira (3) o Exército publicou uma nota em que diz que a conclusão é de que o General Pazuello não participou de ato político e que, por isso, o procedimento seria arquivado. Isso significa que Bolsonaro tem o Exército no bolso? Para o cientista político da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Rodrigo Prando, a resposta é não. Ele avalia que a decisão dos militares não dá mais força para o presidente, afinal, “aquilo que pode, em um primeiro momento, te fortalecer, no conjunto da obra enfraquece. Porque quando o presidente causa um mal-estar em uma instituição como as Forças Armadas, e em especial o Exército, isso não fortalece ninguém”.

Prando lembra que Bolsonaro já tem um histórico complexo com o Exército, foi desligado depois de um episódio de indisciplina, e que o caso Pazuello pode ser mais uma rachadura nessa relação.

O cientista político também avalia que, apesar de tentar demonstrar força, Bolsonaro está em um momento de fragilidade e isso ficou mais claro a partir do pronunciamento feito horas depois de o governador de São Paulo, João Doria, anunciar que vai vacinar toda a população adulta do estado até o fim de outubro. Segundo Prando, “o presidente se encontra fragilizado por causa da situação econômica, do atraso da vacina, da CPI e, por fim, da presença do ex-presidente Lula como potencial candidato para 2022. A situação de Bolsonaro não é nada confortável e ele sabe disso”.

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