Maria Inês Fini avalia que senador mostrou na CPI da Pandemia não ter preparo emocional e condições para exercer o cargo
por Redação em 17/06/21 20:22
Na última quarta-feira (16), a CPI da Pandemia teve como depoente o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC). Em dado momento, o senador Flávio Bolsonaro (Patriotas), mesmo sem fazer parte da comissão, apareceu na sessão e teve algumas discussões com Witzel e com o relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB), e acabou sendo chamado de mimado pelo depoente.
Maria Inês Fini analisou a atitude do senador do Patriotas e classificou o que aconteceu como “inaceitável e lamentável”. Ela que é pedagoga, ex-presidente do Inep e presidente da Associação Nacional de Educação Básica Híbrida, a Anebhi. Em entrevista ao MyNews, ela identifica o perfil de uma pessoa mimada e explica a diferença entre falta de educação e falta de preparo para um cargo político.
“Eu acho que é o caso é muito mais grave ainda, lamentável a cena, aliás não é a única que a gente viu do referido senador, ela começa com a interrupção que ele faz da fala do relator e o relator repetindo que não lhe deu a palavra, ainda assim ele toma a palavra. Esta é característica de uma pessoa mimada, não espera a vez, acha que tem o direito de ser o primeiro em tudo. E depois, ele passa sua agressão ao ex-governador Witzel, ele que até então estava comparecendo por vontade própria, então usa o direito que deu o Supremo Tribunal Federal e seguramente nós perdemos uma série de dados que ele revelaria e agora só revelará em segredo de justiça”, avalia Fini.
Para a pedagoga, o que aconteceu na casa maior do poder legislativo deveria ter sido evitado e lembrou que a audiência desta CPI está alta, há muitas pessoas acompanhando os depoimentos. “Acho que um exemplo muito ruim para as nossas crianças e jovens, porque as famílias estão acompanhando atentamente o desenrolar da CPI e isso é absolutamente inaceitável e lamentável, mais uma vez assistir uma cena dessa pública, por um menino altamente mimado”.
Além de algumas atitudes mimadas, a ex-presidente do Inep também observa que o senador Bolsonaro também mostra falta de educação e até mesmo de preparo para o cargo que está ocupando, já que não é a primeira vez que ele se envolve discussões assim e que isso pode ser uma válvula de escape usada por ele.
“Eu acho que é falta de educação com certeza, falta de civilidade, de bons modos. Você pode dizer o que quiser, para quem quiser, mas você não tem direito de agredir uma pessoa, você de fato perde o direito de dizer o que pensa. Um componente fundamental para exercer um cargo público, é ter uma certa lisura de conduta. Isso é lamentável, mostra além de falta de educação, falta de preparo para o cargo e falta de maturidade emocional, porque uma pessoa que é agredida quando ela engole ela se equilibra, busca os argumentos para apresentar a sua resposta, então eu acho isso lamentável, principalmente como exemplo padrão de muitos dos políticos iguais aos senadores do Flávio Bolsonaro”, argumenta a presidente da Anebhi.
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