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Política

PRIVATIZAÇÃO

Senado aprova MP da Eletrobras

Projeto que permite privatização da Eletrobras volta para Câmara. MP perde validade na terça se não for aprovada

por Hermínio Bernardo em 17/06/21 19:48

O Senado aprovou a medida provisória que possibilita a privatização da Petrobras. O texto foi aprovado por 42 votos a favor e 37 contrários. Como o texto aprovado mudou a versão que havia sido analisada pela Câmara, o projeto retorna para os deputados.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, marcou a votação do projeto para a próxima segunda-feira (21). Isso porque a medida provisória perde validade na terça.

Assinada pela diretora Elvira Cavalcanti, Eletrobras envia carta ao Governo Federal solicitando explicações.
Assinada pela diretora Elvira Cavalcanti, Eletrobras envia carta ao Governo Federal solicitando explicações. Foto: Jeso Carneiro (Eletrobras).

A Eletrobras é a maior empresa de energia elétrica da América Latina. O governo alega que a lei vai baratear a conta de luz. Já entidades, especialistas e oposição afirmam que a medida encarece a energia.

O texto viabiliza a privatização da Eletrobras, capitalizando a empresa a partir da emissão de ações. O governo abriria mão de mais da metade das ações, mas teria uma golden share, ação especial que dá poder de veto a questões importantes da empresas.

Os parlamentares também criticaram os jabutis incluídos no texto, ou seja, itens que não tem relação com o tema da medida provisória.

Um dos principais jabutis do texto, desde a tramitação na Câmara é a obrigatoriedade do investimento em usinas térmicas a gás, que geram uma energia além de poluente, mais cara. 

O relator é o senador Marcos Rogério (DEM/RO), um aliado do presidente Jair Bolsonaro.

Entre as mudanças, o relator prorrogou de 2027 para 2035 os subsídios para geração de energias termelétricas movidas a carvão mineral. Essa era uma demanda de empresas do setor e da bancada de Santa Catarina, que tem cidades com econômicas baseadas na extração de carvão. 

“O governo apontou algumas preocupações em determinados pontos e eu acolhi. Senadores também observaram pontos que precisavam ser ajustados. Eu reuni a visão e a compreensão de um conjunto de senadores e senadoras”, afirmou Marcos Rogério.

A oposição critica a falta de tempo para debater a medida. O senador Paulo Paim (PT/RS) destaca que o texto tem vários jabutis e afirma que a privatização vai aumentar o custo da energia para a indústria e os consumidores de forma geral.

“Os especialistas que estiveram nas comissões deixaram claro que a privatização não é necessária para atrair investimentos. A proposta retira R$ 600 bilhões dos consumidores ao longo de 30 anos de concessão. A privatização aumenta o custo e vai provocar forte aumento das contas de energia”, declarou Paim.

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