País abriu 280 mil vagas com carteira assinada em maio, enquanto desemprego medido pelo IBGE é recorde
por Juliana Causin em 01/07/21 19:16
O ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou nesta quinta-feira (1) a divulgação de dados de maio sobre criação de vagas formais de emprego no país. O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) teve um saldo positivo de 280.666 novas vagas com carteira assinada, resultado da diferença entre 1.548.175 admissões e 1.268.049 desligamentos no período.
Segundo o ministro, o dado representa uma “excelente notícia”, que demonstra uma recuperação da atividade econômica. “Está confirmada que a recuperação da economia brasileira é bastante abrangente e o ritmo está bastante rápido”, afirmou o ministro na divulgação das informações.
De acordo com o Caged, o Brasil tem um saldo de 1.233.372 empregos com carteira no ano de 2021. Os melhores resultados para maio se concentram em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Segundo o balanço, as cinco atividades pesquisadas fecharam o mês com saldo positivo. O destaque ficou com o setor de Serviços, em que foram criadas 110.956 novas vagas.
Desemprego pelo IBGE é recorde
Na véspera, o IBGE divulgou o resultado da Pnad Contínua para o trimestre encerrado em abril. A pesquisa indica que o Brasil manteve o nível recorde do desemprego, com taxa de 14,7% – a maior desde o início da pesquisa, em 2012. São 14,8 milhões de pessoas em busca de trabalho no país. Diferente do Caged, a pesquisa do IBGE leva em conta vagas formais e informais.
“A verdade é que a recuperação do mercado de trabalho tem sido bastante lenta. Os dados do Caged mostram uma recuperação muito mais vigorosa, mas eu tenho uma certa desconfiança, é uma pesquisa nova”, avalia o economista Alexandre Schwartsman, em entrevista ao Dinheiro Na Conta.
O ex-diretor do Banco Central destaca que as mudanças na metodologia da pesquisa do Caged realizadas no início de ano geram dúvidas sobre o balanço. Ele lembra que a recuperação do mercado de trabalho depende da retomada do setor de Serviços, que responde pelo maior parte dos empregos no país.
“Serviço é o setor mais intensivo em trabalho, mas é o mais afetado pela necessidade de distanciamento social. Mesmo com a vacinação, é um segmento que ficou para trás, o que acaba prejudicando a questão da criação do emprego, embora o PIB tenha ido bem”, diz o ex-diretor do Banco Central.
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