A volta ao trabalho presencial deve ser considerada pelas empresas, desde que os cuidados sanitários necessários sejam seguidos para a prevenção do novo coronavírus
por Dárcio Crespi em 18/08/21 17:46
Um assunto que vem mobilizando o mundo dos negócios e o interesse geral das pessoas é sobre a volta ao trabalho nas empresas. Temos sido muito questionados, escutamos opiniões de mercado, dos clientes. E, mesmo ainda polêmico, acreditamos que o retorno ao escritório tem de acontecer, claro, com os devidos cuidados necessários que a situação atual exige. Mas para isso, as pessoas devem ser estimuladas a terem experiências diferentes nas organizações. Esse contato, a proximidade com outros, faz com que enxerguemos comportamentos e permite que a cultura da organização seja estabelecida de maneira correta.
Evidentemente que este debate se concentra naqueles segmentos em que houve a possibilidade do trabalho em home-office. Para as empresas que possuem operação de campo, não ocorreram muitas mudanças. Já a turma do escritório, esta sim, teve a conveniência de não se expor tanto. A própria dicotomia de aquele poder ficar em casa, enquanto o outro está no trabalho já é polêmico.
Sabemos que, por mais paradoxal que pudesse parecer em março do ano passado, quando as empresas precisaram se adequar ao novo modelo de trabalho, com o passar dos dias elas ficaram mais produtivas. A tecnologia se desenvolveu de forma incrível e com ela a facilidade, sem perda de qualidade. As reuniões passaram a ser eficientes, com possibilidade de participação de pessoas de muitos lugares. Claro que houve aumento nas horas de trabalho, mas no meio da jornada, os profissionais puderam fazer outras atividades que não faziam antes, como ficar com os filhos, fazer ginástica, entre outras atividades.
O home-office em todas as empresas já era uma discussão há tempos e, a bem da verdade, foi positivo para muitas companhias e trabalhadores. O negativo é o tecido social que se esgarça. Tudo se torna mais impessoal e mais eletrônico e, a longo prazo, isso não é bom. Para essa retomada, as empresas estão pensando em como manter o já conquistado e não perder o que poderão conquistar.
O mundo será híbrido. Entender as diferenças dos seus grupos e dos indivíduos será fundamental. Aqui na ZRG Brasil já definimos. Serão três dias no escritório e dois em casa.
Não dá para acreditar que o mundo seja uma caverna e tudo que acontece de importante está dentro da tela do computador. As pessoas têm de sair para ver de fato o que é o mundo real, presencial, e as organizações esperam que todos consigam estar, em certos momentos, nas dependências da empresa. Isso, sem dúvida alguma, facilita a construção de cultura e faz com que os colaboradores queiram estar juntos sobre os propósitos e valores da organização e, assim, continuarem evoluindo. Uma interação que é muito maior do que a tela do computador que a gente se acostumou por necessidade.
Nada será como antes. O mundo vem se transformando há algum tempo de forma acelerada, e esta pandemia impulsionou ainda mais. Realmente o espaço do escritório vai servir para trabalhar, também.
Denys Monteiro é CEO na ZRG Brasil, Membro do YPO, Coach executivo pela Universidade de Columbia e investidor anjo. Darcio Crespi é senior advisor e sócio na ZRG Brasil e investidor anjo.
* As opiniões das colunas são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a visão do Canal MyNews
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