ArtRio, que acontece em setembro no Rio de Janeiro, terá espaço dedicado à arte digital, com NFTs, tokens não-fungíveis
por Juliana Causin em 22/08/21 11:58
Um dos principais eventos de arte da América Latina, o ArtRio terá pela primeira vez em 11 anos um espaço dedicado à arte digital, com obras validadas por NFTs. O estande dedicado à criptoarte é organizado pela Metaverse Agency, primeira galeria brasileira focada em arte digital.
O NFT é a sigla em inglês para token não-fungível. A tecnologia permite a compra e validação da propriedade de arquivos digitais, a partir de um código. Na prática, o NFT funciona como uma chave, um token, que garante a autenticidade e a validade de arquivo virtual. Para isso, o ativo usa a tecnologia blockchain, a mesma que permitiu o nascimento do bitcoin e outras criptomoedas. Este ano, memes que há anos são sucessos na internet foram leiloados por milhões de dólares a partir dos NFTs.
No caso do ArtRio, as obras digitais serão expostas em monitores no evento, com o artistas pioneiros da criptoarte brasileira, como Vamoss, Monica Rizzolli e Rejane Cantoni, referência no trabalho com arte e tecnologia e primeira artista do país a criar uma instalação em NFT.
Artistas internacionais também participam do estande. É o caso de Javier Arrez, criptoartista espanhol ganhador da Bienal de Arte de Londres, e também o alemão Mario Klingemann, com trabalhos que incluem o uso de redes neurais, códigos e algoritmos, entre outros. A feira acontece em setembro, de maneira híbrida na Marina da Glória, no Rio de Janeiro.
“Mais do que obras de artes do futuro, o NFT é na verdade o registro de propriedade do futuro. Quando você pensa em uma arte digital ou em um meme, o NFT não é exatamente o asset em si, ele é uma porta, uma chave, que dá acesso àquele asset. Ele é um certificado de posse. O que tem acontecido é que cada vez mais diversas indústrias – de arte, música, meme – tem adotado o NFT como justamente esse protocolo de posse”, explica Daniel Peres, CEO da Tropix, marketplace de obras digitais.
Segundo Peres, o mercado dos NFTs movimentou este ano US$ 2,5 bilhões. No ano passado inteiro, a quantia foi de US$ 250 milhões. Dessa movimentação, 43% foram de negócios envolvendo arte. “O NFT é uma escritura possível para diversas indústrias, produzindo benefícios específicos para cada uma delas”, diz ele.
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