Ícone buscar Ícone abrir menu

jornalismo independente

Economia

LEVE RECUPERAÇÃO

Varejo surpreende e cresce acima da expectativa, segundo IBGE

Pequeno crescimento de alguns setores se deve uma maior circulação de pessoas, alcançando patamar anterior à pandemia do novo coronavírus, aponta IBGE

por Gabriela Lisbôa em 10/09/21 18:12

O IBGE divulgou nesta sexta-feira (10) os números do setor de varejo para o mês de julho. O varejo restrito, que inclui todos os bens de consumo, teve um crescimento de 1,2% na comparação com o mês de junho. Na comparação com julho do ano passado, o crescimento é de 5,7%. A expectativa do mercado era que o setor crescesse cerca de 0,6% no mês e 3,5% ao ano.

Esse crescimento foi impulsionado, principalmente, por dois fatores. O primeiro é o aumento da circulação de pessoas. Segundo o Índice Geral de Mobilidade, o país tem hoje o mesmo número de pessoas nas ruas do que tinha antes da pandemia. E se as pessoas estão circulando mais, elas estão consumindo mais, seja produtos ou serviços.

O segundo é a prorrogação das parcelas do Auxílio Emergencial até outubro, isso colabora para o aumento do poder de compra das famílias. Há ainda o fator vacinação, que pode permitir uma recuperação da massa salarial a partir da criação de vagas de emprego que foram fechadas no início da pandemia.

Segundo IBGE segmento de tecidos, vestuário e calçados cresceu 2,8%
IBGE apontou crescimento de 2,8% no segmento de “tecidos, vestuário e calçados”, refletindo aumento da mobilidade social/Foto: Pixabay

O varejo ampliado, aquele que, além dos bens de consumo, inclui automóveis e materiais de construção, teve um crescimento de 1,1% na comparação mensal e 7,1% na comparação anual. A expectativa do mercado, neste caso, era de um recuo de 0,6% no mês e crescimento de 4% ao ano. Neste ponto a surpresa é ainda maior, já que a crise no setor de automóveis começou antes da pandemia e a recuperação parece cada vez mais distante.

De acordo com análise publicada pelo BTG Pactual, a expectativa para os próximos meses é positiva para o varejo restrito pelos mesmos motivos que fizeram o índice crescer em agosto: o aumento da circulação, o auxílio emergencial e o avanço da vacinação.

Porém, o banco não tem o mermo otimismo para o varejo ampliado, já que “dados antecedentes apontam que o licenciamento de veículos segue com dificuldades e baixos estoques, levando o varejo ampliado a apresentar dados mais tímidos”.

Números anteriores foram revisados pelo IBGE

Parte do crescimento apresentado pelo varejo no mês de agosto é resultado da revisão dos números dos meses anteriores. No varejo restrito, o mês de junho foi revisado de -1,7%, na comparação mensal, para 0,9%. O mês de maio também sofreu um ajuste de 2,7% no mês para 1,3%. Apesar do crescimento menor em maio, o trimestre de maio a julho fechou com uma alta de 3,4%.

Os números do varejo ampliado também foram revisados, mas com diferenças menores. Em junho a queda passou de 2,3% para 2,1%. Em maio, o crescimento de 3,15% foi reduzido para 3%. No trimestre de maio a julho o varejo ampliado fechou com alta de 1,9%.

Crescimento em cinco, de oito atividades pesquisadas

No varejo restrito, cinco das oito atividades acompanhadas pelo IBGE apresentaram queda. O destaque positivo foi o segmento de “outros artigos de uso pessoal e doméstico”, que teve alta de 19,1%.

O segmento de “tecidos, vestuário e calçados” cresceu 2,8%, refletindo o aumento da mobilidade social. Quem também registrou crescimento foram os segmentos de “equipamentos e material para escritório, informática e comunicação” (0,6%), “hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo” (0,2%) e “artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos” (0,1%).

Já os segmentos que recuaram no volume de vendas foram “livros, jornais, revistas e papelaria” (-5,2%), “móveis e eletrodomésticos” (-1,4%) e “combustíveis e lubrificantes (-0,3%). No comércio varejista ampliado, as vendas de veículos, motos, partes e peças subiram 18%, enquanto as de material de construção caíram 4,7%.

Varejo cresce em 20 das 27 unidades da federação

Na comparação dos números de julho de 2021 com julho de 2020, a variação das vendas do comércio varejista foi positiva em 20, das 27 unidades da Federação. O destaque vai para Rondônia, que registrou um crescimento de 35,8%. Em seguida estão o Piauí (25,5%) e o Mato Grosso do Sul (18,0%). Por outro lado, pressionando negativamente, os estados que registraram queda nas vendas foram Amazonas (-9,7%), Maranhão (-8,1%) e Ceará (-6,7%).

Se forem considerados os números do comércio varejista ampliado, 21 estados registraram alta. Nesse caso, o destaque é do Piauí, que cresceu 27,4%. Em seguida estão Mato Grosso do Sul (21,2%) e Rondônia (21,1%). Por outro lado, pressionando negativamente, estão Amazonas (-10,8%), Paraíba (-5,9%) e Maranhão (-5,1%).

Assista ao MyNews Investe, de segunda a sexta, a partir do meio-dia, no Canal MyNews

últimos vídeos

Inscreva-se no Canal MyNews

Vire membro do site MyNews

Comentários ( 0 )

Comentar

MyNews é um canal de jornalismo independente. Nossa missão é levar informação bem apurada, análise de qualidade e diversidade de opiniões para você tomar a melhor decisão.

Copyright © 2022 – Canal MyNews – Todos os direitos reservados. Desenvolvido por Ideia74

Entre no grupo e fique por dentro das noticias!

Grupo do WhatsApp

Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo.

ACEITAR