Dirigentes de nove siglas se reuniram em Brasília e começam a traçar estratégias para as próximas manifestações contra o presidente
por Sara Goldschmidt em 18/10/21 11:01
As manifestações pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), marcadas para os dias 2 de outubro e 15 de novembro, começam a ganhar corpo e unir aliados de oposição ao governo federal. Nesta quarta-feira (15), dirigentes de nove partidos políticos se reuniram em Brasília (DF) e fecharam acordo pela convocação unificada dos atos e pelo financiamento e criação de peças publicitárias pedindo o impeachment de Bolsonaro.
São eles: presidentes do PDT (Carlos Lupi), Solidariedade (Paulinho da Força), PSB (Carlos Siqueira), PT (Gleisi Hoffmann), PV (José Luiz Penna), PSOL (Juliano Medeiros), PCdoB (Luciana Santos), Rede (Wesley Diógenes) e Cidadania (Roberto Freire).
O encontro aconteceu na Câmara dos Deputados, e contou ainda com a presença do líder da bancada de oposição, deputado Alessandro Molon, e do líder da bancada da minoria, deputado Marcelo Freixo, ambos do PSB do Rio de Janeiro (RJ).
Para o dia 2 de outubro, a proposta do grupo é organizar um grande ato contra o presidente Jair Bolsonaro na avenida Paulista, em São Paulo (SP), às 15 horas, com protestos nos estados na parte da manhã. Os dirigentes pretendem convocar governadores e prefeitos de suas legendas para que estejam nas ruas nos protestos e mobilizem seus aliados.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, exaltou em uma rede social a reunião dos nove partidos de oposição, afirmando que “só a união de forças políticas pode derrotar o golpismo”. Ela reforçou o convite para as marchas em 2 de outubro e disse que as legendas se somarão aos movimentos sociais e centrais sindicais “por emprego, renda e contra a carestia”.
Entre as ações alinhadas entre os dirigentes dos nove partidos está o investimento em propaganda e marketing, a apresentação da bandeira do Brasil e as cores verde e amarelo para identificar o movimento. O financiamento dos atos se dará por meio do Fundo Partidário.
Movimentos e políticos que foram às ruas no domingo (12) também serão convidados, mesmo que ainda haja discordância ideológica da condução dos protestos organizados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua, que criticaram o PT e o ex-presidente Lula.
O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, disse ao jornal ‘Folha de S.Paulo’ que “a ideia é reunir todas as organizações que queiram se somar a mobilizações conjuntas”. “É um convite amplíssimo, sem vetos. Não se trata de um ato só da esquerda ou só da direita, mas de uma convocação pelo ‘fora, Bolsonaro’”, afirmou.
Carlos Lupi, presidente do PDT, ressaltou que o grupo está conversando também com partidos de centro, como o PSB, o MDB, o DEM, e o PSDB, e eles serão convidados para participar das manifestações do dia 2. O Novo já sinalizou que não deve integrar o movimento.
“Fomos convidados, mas entendemos que se trata de um movimento que congrega basicamente partidos de esquerda, onde o Novo estaria totalmente deslocado e teria pouco a contribuir. Depois do episódio da manifestação do dia 12, da qual participamos e onde o próprio PT fez questão de atuar pra esvaziar a manifestação, fica difícil acreditar em qualquer ato unificado no curto prazo”, disse o presidente do partido, Eduardo Ribeiro, ao jornal ‘Estadão’.
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