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Queda no valor do minério de ferro faz Vale perder posto de empresa mais valiosa da América Latina

Crise da Evergrande está influenciando no valor da tonelada do minério de ferro, que está abaixo dos US$ 100

por Luciana Tortorello em 21/09/21 18:53

O caso Evergrande continua influenciando mais um dia no mercado brasileiro. Por conta da desvalorização do minério de ferro no mercado internacional, a Vale, que no final de julho tinha seus papéis a R$ 117,23, fechou hoje na cotação de R$ 82,74. Isso fez com que a empresa perdesse o posto de mais valiosa da América Latina para a empresa argentina de comércio eletrônico Mercado Livre.

O economista-chefe da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Laurence Boone, se pronunciou hoje sobre o caso e disse que o governo chinês tem capacidade monetária e fiscal de diminuir esse impacto e amortecer o choque causado por essa crise.

Mas, o preço do minério de ferro não começou a cair com a crise da gigante chinesa Evergrande. Há alguns meses, a commodity segue em ritmo de queda. Seu pico foi em maio deste ano, em que a tonelada chegou a custar US$ 233. Hoje, o valor da tonelada do minério de ferro está abaixo dos US$ 100. É uma desvalorização de cerca de 60% desde seu maior valor registrado.

Para explicar um pouco sobre como esse valor começou a baixar, o MyNews Investe conversou com o Victor Hasegawa, gestor da Infinity Asset. Ele falou sobre os motivos do valor dessa  commodity estar em queda, se pode estabilizar ou devem continuar caindo.

“Quando começou a pandemia a gente não tinha ideia de como o setor de construção civil responderia, não só aqui no Brasil, mas na China, principalmente, teve uma demanda muito forte e isso fez com que houvesse uma redução de oferta e uma demanda maior, com isso, os preços ficaram pressionados. Eles realmente subiram de maneira estelar, para a casa de US$ 233 por tonelada, isso mostra que essa alta foi muito especulativa”, avalia Hasegawa.

O gestor continua e diz que isso também está relacionado com a oferta e procura. O governo chinês vai controlar a produção de aço e as emissões de CO2 pelo menos até março de 2022 e isso faz com que o país compre menos minério de ferro, o que faz a demanda diminuir e os preços caem.

Em relação à Vale, Hasegawa considera que seus papéis deveriam se valorizar mais quando o valor do minério de ferro chegou ao seu pico, a mineradora deixou seus papéis com valor barato, fazendo com que caísse ainda mais agora, com a desvalorização da commodity. Mas ele pontua que os papéis da Vale devem se estabilizar.

“A gente sabe que ela (Vale) é uma geradora de caixa muito grande, divulgou um dividendo muito bom e também tem um programa de recompra agressiva das ações. Não acredito que a gente vá ver uma queda muito mais abrupta do que a gente já viu”, avalia o gestor.

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