Banco Central indica queda na inflação pela terceira semana consecutiva. Analistas projetam alta menor para o Produto Interno Bruto
por Vitor Hugo Gonçalves em 27/12/21 17:55
A estimativa de inflação para 2021 foi mais uma vez reduzida, registrando queda pela terceira semana consecutiva, conforme mostra o último boletim “Focus” do ano, divulgado nesta segunda-feira (27) pelo Banco Central (BC). Economistas e analistas do mercado também realizaram um reajuste para o Produto Interno Bruto (PIB), que passou a ter uma projeção de alta menor.
Segundo dados do BC, a expectativa é que o acumulado da inflação em 2021 tenha um recuo de 0,02 ponto percentual, encerrando o ano em 10,02%. Caso esse cenário se confirme, será a primeira vez desde 2015 que a alta generalizada dos preços ultrapassa a casa dos dois dígitos – há seis anos, o índice ficou em 10,67%.
No início do ano, o Conselho Monetário Nacional (CMN) havia instaurado a meta inflacionária para 2021 em 3,75%; pelo sistema vigente, o objetivo seria considerado cumprido se ficasse entre 2,25% e 5,25%.
Para 2022, o relatório manteve as informações da última publicação, sustentando a estimativa de inflação em 5,03%. Apesar da queda em comparação com os números correntes, a taxa segue acima do teto para o próximo ano, fixado em 5% – a meta para 2022 está fixada em 3,50%, e será oficialmente efetivada se oscilar entre 2% e 5%.
Quanto ao Produto Interno Bruto, o mercado também reduziu suas previsões de crescimento: de 4,58% para 4,51%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve como parâmetro para aferir o progresso econômico doméstico.
Para 2022, os analistas reduziram a previsão de alta do indicador de 0,50% para 0,42%. No primeiro trimestre deste ano, a projeção era de uma alta de 2,5% para a economia no ano que vem.
O relatório manteve a expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 11,50% ao ano para o fim de 2022, fator que pressupõe alta do juro básico da economia no próximo ano.
Após sete altas consecutivas, a taxa Selic, atualmente, está em 9,25% ao ano, o maior patamar em mais de quatro anos.
O BC trouxe outras projeções relevantes, como:
A estimativa para a taxa de câmbio no fim de 2021 subiu de R$ 5,60 para R$ 5,63. Para o fim de 2022, um aumento de R$ 5,57 para R$ 5,60 por dólar.
A previsão do boletim para a chegada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2021 subiu de US$ 51,25 bilhões para US$ 52 bilhões. Para 2022, a projeção passou de US$ 57,55 bilhões para US$ 58 bilhões.
Para o superávit da balança comercial (total de exportações menos as importações), a projeção em 2021 subiu de US$ 59,09 bilhões para US$ 59,15 bilhões, em resultado positivo. Para o próximo ano, a estimativa caiu de US$ 55,25 bilhões para US$ 55 bilhões de saldo.
Investimento estrangeiro: a previsão do boletim para a chegada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2021 subiu de US$ 51,25 bilhões para US$ 52 bilhões. Para 2022, a projeção passou de US$ 57,55 bilhões para US$ 58 bilhões.
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