Filho 04 do presidente prestou depoimento à Polícia Federal. Segundo seu advogado, Frederick Wassef, as acusações contra Jair Renan 'beiram uma piada'.
por Redação em 08/04/22 12:34
Jair Renan Bolsonaro, o caçula dos homens filhos do presidente Jair Bolsonaro (PL), é influenciador digital e usa a expressão “zero quatro” como uma de suas marcas nas redes sociais. Foto: Reprodução Instagram (@bolsonaro_jr)
Jair Renan Bolsonaro, o “filho 04” do presidente Jair Bolsonaro (PL), está revoltado com as acusações de que ele teria usado sua influência como filho do presidente para beneficiar empresários em troca de propina.
Ele compareceu, na tarde da quinta-feira (8), à superintendência da Polícia Federal, em Brasília, para prestar depoimento sobre suspeitas de tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Essa foi a segunda tentativa da PF de ouvir Renan Bolsonaro. Na primeira, em dezembro do ano passado, ele alegou estar com problemas de saúde.
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O filho do presidente e o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, chegaram na sede da PF por volta das 16h, onde permaneceram por cerca de três horas.
Antes de entrar no prédio, Wassef disse que Jair Renan é a “maior vítima de fake news”. Ele também afirmou que a Polícia Federal abriu o inquérito a pedido de comunistas, em uma referência aos representantes da oposição no Congresso. O advogado ainda negou qualquer envolvimento do filho de Renan com empresários, e que o objetivo do inquérito é atacar a imagem do chefe da família, o presidente Bolsonaro.
Após sair da oitiva, o advogado declarou que Jair Renan permitiu a quebra de seu sigilo bancário e que as acusações beiram “uma piada”.
Renan não falou com a imprensa no local, mas concedeu uma entrevista ao SBT. Ele disse que estava revoltado com tudo o que estava acontecendo e que estão tentando incriminá-lo por algo que ele não fez.
“Eu me sinto revoltado com isso tudo que está acontecendo. Eu nunca recebi nenhum carro, nenhum dinheiro. Nunca fiz lavagem de dinheiro. Isso tudo é matéria jornalística com fake news. […] Eu queria dizer para os meus 1,5 milhão de seguidores que me acompanham hoje que eu não fiz isso”, declarou o jovem, que tem investido na produção de vídeos no Tik Tok.
O filho do presidente também foi questionado pela repórter do canal sobre o fato de ter comparecido a uma reunião do Ministério do Desenvolvimento Regional, em novembro de 2020, quando o então ministro Rogério Marinho recebeu empresários que doaram um carro elétrico a um sócio de Jair Renan, o Allan Lucena.
Em resposta, Renan disse que não marcou a reunião, que foi convidado e só compareceu porque conhecia as pessoas que estavam lá. E que entrou mudo e saiu calado. Ele ainda ressaltou que nunca pediu nada e que não faz parte do governo federal.
Durante este encontro no ministério, em Brasília, os empresários apresentaram um projeto de casas populares a Rogério Marinho. Tempos depois, Renan foi ao Espírito Santo conhecer o empreendimento, acompanhado do seu sócio Allan Lucena. Várias fotos com eles foram postadas nas redes sociais do empresário Wellington Leite, do Grupo WK.
Frederick Wassef justificou que Renan viajou a convite de Allan Lucena. Segundo o advogado, as pessoas procuram estar ao lado dele porque o filho do presidente é uma figura pública, tem muitos seguidores nas redes sociais, o que rende marketing.
A apuração contra Jair Renan Bolsonaro foi aberta pela Polícia Federal em março do ano passado, a pedido do Ministério Público Federal, que avaliou denúncias de parlamentares da oposição ao governo contra a suposta atuação do filho do presidente em favor de empresários.
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