Disputa pelo governo de São Paulo foi analisada e apontou, em terceiro lugar, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), seguido do atual governador Rodrigo Garcia (PSDB).
por Julia Melo em 12/05/22 12:53
Fernando Haddad é pré-candidato ao governo de São Paulo. Foto: Rovena Rosa (Agência Brasil)
A pesquisa Genial/Quaest sobre as eleições no estado de São Paulo divulgada nesta quinta-feira (12) mostra que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) aumentou a vantagem sobre o ex-governador Márcio França (PSB). No cenário principal da pesquisa estimulada, que coloca todos os pré-candidatos, o petista tem 30% das intenções de voto contra 17% de França.
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Em terceiro lugar está o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 10%, seguido do atual governador Rodrigo Garcia (PSDB), que tem 5% das intenções de voto.
Em comparação com a última pesquisa Quaest de março, Fernando Haddad subiu de 24% das intenções de voto para 30%, enquanto Márcio França caiu de 18% para 17% – mas ficou estável na margem de erro. Tarcísio de Freitas subiu um ponto mas também ficou estável na margem: foi de 9% para 10%.
No segundo turno, Haddad vence todos os candidatos e a margem fica mais apertada num possível embate contra Márcio França. O petista teria 38% dos votos e seu adversário, 32%.
O PSB compõe a chapa da pré-candidatura do ex-presidente Lula (PT) à presidência da República com Geraldo Alckmin, postulante à vice-presidente. A parceria nacional foi acordada com costuras estaduais, como em Pernambuco. Estado vital para o PSB, o partido de Lula abriu mão de ter um candidato próprio ao governo estadual para apoiar a candidatura de Danilo Cabral.
Esperava-se que o mesmo acontecesse em São Paulo, mas nenhum dos dois lados mostra que vai ceder. No início do ano, França defendia que a decisão sobre quem deveria sair candidato ao Palácio dos Bandeirantes deveria se basear, a partir de abril, na avaliação do desempenho nas pesquisas eleitorais.
Maio chegou e nenhuma aliança foi estabelecida. Na sabatina dos veículos Folha de S.Paulo e UOL no dia 6 de maio, Haddad declarou que seria um “luxo” ter uma chapa progressista única. Ele apontou que considera mais importante o apoio de Márcio França a Lula, ou seja, a disputa nacional.
“Desde 2010 o PSB e o PT não caminham juntos na eleição presidencial, são 12 anos. O Márcio não me apoiou nem no segundo turno em 2018 e hoje está apoiando o Lula no primeiro turno. Isso deve ser celebrado”, declarou o ex-prefeito da capital paulista e ex-ministro da Educação.
De acordo com a pesquisa, dos eleitores de Márcio França, 38% votou em Bolsonaro ou votou nulo/branco no segundo turno das eleições de 2018. Apenas 13% votou em Haddad, então candidato à presidência pelo PT, e outros 13% ainda não eram eleitores. E a grande maioria de quem afirma ter intenção de votar em Haddad neste ano para o governo do estado votou nele mesmo em 2018, um total de 60%.
A indicação de que as duas candidaturas se mantêm separadas também foi dada por Márcio França na sabatina dos jornais no início do mês: “se não houver acordo, nós vamos as duas candidaturas até o final. E vamos torcer para que a gente possa estar os dois [no segundo turno].”
Tarcísio Gomes de Freitas é o candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL). Carioca, o ex-ministro transferiu o domicílio eleitoral para atender ao pedido de Bolsonaro de se candidatar a governador. Apesar da pouca proximidade com São Paulo até então, Freitas está na frente de Rodrigo Garcia, atual governador e herdeiro do legado do PSDB – no comando do estado há 28 anos.
Dados do levantamento mostram que a adesão ao tucano é baixa até entre quem considerou o governo de João Doria positivo. O candidato que tem mais votos entre quem aprovou a gestão Doria é Fernando Haddad.
Para o Senado Federal, o apresentador José Luiz Datena (PSC) lidera a disputa, com 28% das intenções de voto, contra 16% do segundo lugar, Sergio Moro (União Brasil). Datena tem a desconfiança dos bolsonaristas e já sinalizou que pode desistir da candidatura. Moro não oficializou a pré-candidatura à Câmara.
A Quaest colocou Márcio França entre os possíveis candidatos ao Senado. Na pesquisa, o ex-governador fica em terceiro lugar, com 11%, atrás de Moro.
A sondagem também perguntou sobre a eleição nacional. Lula teria 39% dos votos se as eleições fossem hoje e Bolsonaro, 28%. No segundo turno, o ex-presidente chegaria ao Palácio do Planalto por 47% dos votos e o atual chefe do Executivo perderia com 32%.
As avaliações negativas do governo caíram em comparação a março: no terceiro mês do ano, 53% consideravam a gestão federal negativa. O número agora é de 48%.
A pesquisa Genial/Quaest realizou 1.640 entrevistas nos dias 6 a 9 de maio, de forma presencial e tem 95% de confiança. A margem de erro é de 2.4 pontos percentuais.
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