A nova publicidade do PT a respeito de Marina Silva é insustentável
Foto: Marcos Fernandes/Divulgação/PSDB
O PT está fazendo greenwashing de seu próprio histórico sobre Marina Silva.
Greenwashing é uma tática enganosa de marketing. É quando uma empresa ou organização tenta convencer o público de que é ambientalmente correta quando na verdade não é.
A nova publicidade do PT a respeito de Marina Silva é insustentável.
No sábado passado (4), Lula disse em um evento: “Nós acertamos nos ministros do Meio Ambiente, a Marina Silva foi uma sensacional ministra”.
Logo em seguida, Tarso Genro, ex-colega de Marina na Esplanada, foi ao Twitter dizer: “Conheço Marina há quase 40 anos. E nunca vi nem ouvi Marina cometer qualquer ato indigno como ser humano ou quadro político. Erros? Quem não os comete?”.
É interessante que o PT não reconhecia ainda as qualidades de Marina em 2010 ou 2014, quando indicou Dilma para concorrer contra ela.
E fez mais do que isso.
Em 2014, a campanha de Dilma, chefiada por João Santana, levou ao ar um anúncio que mostrava a comida sumindo dos pratos de uma família.
Segundo o anúncio, é o que aconteceria se aprovada a proposta de Marina de autonomia do Banco Central.
“Isso significaria entregar aos banqueiros um grande poder de decisão sobre a sua vida e de sua família”, dizia o locutor. “Você quer dar a eles esse poder?”.
João Santana foi ao Roda Viva em 2020. Ele disse que “faria de novo”, com essas palavras. “É um debate de ideias, de metáforas em choque”, disse o publicitário. “Nós fizemos um comercial formalmente bem-feito (…) Isso é uma discussão viva até hoje”.
Não é preciso voltar tão longe no tempo. Em abril deste ano, Marina não compareceu a evento em Brasília em que a Rede declarou apoio a Lula.
Lula disse: “Eu, na verdade, esperava que Marina estivesse aqui. A minha relação com a Marina é muito antiga, é muito grande. Eu às vezes não sei porque ela demonstra momentos de raiva”.
Se Lula não fosse Lula, seria acusado de gaslighting.
Marina, de qualquer forma, rebateu. Disse, em entrevista ao UOL: “Se fosse com um homem o diálogo, será que seria nesses termos? (…) Essas falas, elas não contribuem para que a gente faça essa desconstrução da desqualificação da mulher”, prosseguiu.
Colunas de bastidores da imprensa, com suas inesgotáveis afirmações “em off“, dão conta de que Fernando Haddad quer Marina como vice em sua chapa para governador de São Paulo.
Se Marina aceitar, vai abrir mão de concorrer à Câmara dos Deputados, onde poderia fiscalizar o trabalho do Ministério do Meio Ambiente do provável governo Lula. Marina vice é mais um ótimo greenwashing para a máquina publicitária do PT.
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