Após crise interna no partido, PSDB pena para fechar apoio com o MDB e bater o martelo sobre candidatura de Eduardo Leite ao governo do RS.
por Sara Goldschmidt em 08/06/22 19:36
Depois de enfrentar uma crise interna por conta dos atritos em torno da pré-candidatura do ex-governador de São Paulo João Doria à presidência da República, o PSDB pena agora para oficializar a aliança com o MDB. Aliança que depende da desistência do deputado estadual Gabriel Souza (MDB) ao governo do Rio Grande do Sul, seu apoio à candidatura de Eduardo Leite (PSDB) ao Palácio Piratini, e quem sabe, o posto de vice do tucano. Em troca, o PSDB apoiaria Simone Tebet (MDB) na corrida presidencial.
O anúncio desse acordo estadual e nacional estava marcado para hoje, quarta-feira (08), mas ele não aconteceu. E segundo o ex-governador do Rio Grande do Sul (RS) Germano Rigotto (MDB), coordenador do programa de governo da pré-candidata à presidência Simone Tebet (MDB), não há data prevista para o anúncio. No twitter, Rigotto escreveu: “Vamos fazer isso no tempo adequado”.
O jornal O Estado de São Paulo traz hoje (08) a manchete que Gabriel Souza aceitou retirar seu nome da disputa, mas ele não se manifestou publicamente sobre isso. No twitter, inclusive, ele compartilhou nesta terça-feira (07) uma matéria anunciando o nome do economista Gustavo Moraes como coordenador do seu plano de governo.
O MDB do RS também divulgou uma nota confirmando a pré-candidatura de Gabriel Souza ao governo do Estado. Inclusive reforçando que reiterou a decisão de ter candidatura própria durante a reunião que aconteceu ontem à noite com o Eduardo Leite.
Fato é que a decisão pode, sim, já ter sido tomada, mas por enquanto a cúpula do MDB gaúcho mantém seu posicionamento de março deste ano, quando lançou o nome do deputado estadual ao Palácio Piratini.
E enquanto o tempo de Rigotto não chega, Eduardo Leite aproveita para visitar feiras no interior do Estado e para divulgar seus feitos enquanto governador. Na última semana, por exemplo, ele compartilhou posts nas redes sociais sobre investimentos em saúde, redução de impostos sobre combustíveis e incentivo a programa de formação de jovens.
O ex-governador do Rio Grande do Sul, que prometeu não concorrer a um segundo mandato, está animado com as pesquisas internas do PSDB e com as pesquisas de intenção de voto, que apontam ele como o único candidato que venceria Onyx Lorenzoni (PL) ao governo do Estado. E por isso ele tem sido aconselhado também por aliados a quebrar a sua promessa. Lorenzoni foi ministro do Trabalho e Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PL) e deixou a pasta em março para concorrer ao Palácio Piratini.
Caso se confirme a candidatura de Leite, o próximo desafio é conseguir o feito inédito de ser o primeiro governador a ser reeleito no Rio Grande do Sul.
Nesta quinta-feira (09), uma reunião da executiva do PSDB deve ouvi-lo, e seu posicionamento quanto à confiança do apoio do MDB à sua candidatura pode ser decisivo para que os tucanos agilizem a oficialização do apoio nacional à Simone Tebet.
O MDB é o partido mais capilarizado do Rio Grande do Sul, por isso também a sua importância no palanque de Leite.
Lembrando que além do Rio Grande do Sul, o PSDB também aguarda a desistência dos pré-candidatos do MDB aos governos do Mato Grosso do Sul e de Pernambuco, e o apoio aos candidatos tucanos em ambos os estados. Tudo para alavancar a candidatura de Simone Tebet, que segundo a pesquisa Genial Quaest divulgada nesta quarta-feira (08), aparece com 3% dos votos no levantamento estimulado, com Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL) e Ciro Gomes (PDT) à frente.
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