Grandes redes de hotéis tentam buscar mão de obra em outros países de língua portuguesa, mas esbarram na burocracia da imigração.
por Gabriela Lisbôa em 11/06/22 08:39
O verão europeu ainda não começou oficialmente, mas as altas temperaturas já chegaram e os finais de semana têm sido extremamente quentes. Cidades portuguesas como o Porto, na região Norte, já convivem com termômetros marcando 40 graus. Entre dias tão ensolarados, o setor hoteleiro de Portugal sofre com a falta de mão de obra. São cerca de 45 mil vagas abertas, segundo a Associação de Hotéis de Portugal.
Durante a pandemia, com os hotéis fechados, muitos funcionários mudaram de ramo ou, no caso dos estrangeiros, voltaram para casa. Com a reabertura, essas pessoas não estão disponíveis e as vagas seguem abertas sem que candidatos se apresentem.
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Uma saída é buscar novos funcionários em outros países de língua portuguesa, mas isso não está sendo tão fácil quanto se esperava. O principal obstáculo é a burocracia, a demora na liberação de vistos de trabalho e a falta de alojamento em algumas regiões, como a disputada Algarve, na região Sul, um dos destinos de férias preferidos dos europeus.
O grupo Pestana, um dos maiores do país, conseguiu firmar um acordo com as embaixadas do Brasil e de Cabo Verde para trazer cerca de 100 pessoas para trabalhar em Portugal, mas o projeto naufragou. Em entrevista à emissora local de televisão, SIC, Pedro Lopes, o administrador do grupo, disse que “o acordo não foi posto em prática por questões burocráticas”.
Mas existe, ainda, outro problema. Mesmo com aumentos salariais entre 5% e 20%, o que se paga em Portugal para um trabalhador do setor é bem menos atrativo do que outros países oferecem. Para quem fala uma segunda língua, as terras portuguesas não são a melhor opção.
Empresários do setor hoteleiro de Portugal se reuniram para pedir ajuda ao governo no que diz respeito aos entraves burocráticos e garantem que melhoraram as ofertas de trabalho com salário mais robusto e mais direitos, ou “regalias”, mas não tem sido o suficiente.
O verão de 2022 promete ser um dos melhores da história para o turismo com a volta das viagens internacionais. Isso, é claro, se os hotéis conseguirem preencher seus quadros para oferecer aos turistas o paraíso e as comodidades que prometem.
Saiba mais sobre a falta de mão de obra em Portugal nesta entrevista feita pela jornalista Flávia Freire:
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