Cid Gomes bem que avisou

Para conseguir manter na PEC Kamikaze o “estado de emergência” que blinda o presidente Jair Bolsonaro dos crimes de Responsabilidade Fiscal, porque o autoriza a estourar o teto de gastos e também de crime eleitoral, porque deixa que ele lance um pacote de benefícios em período eleitoral, o presidente da Câmara, Arthur Lira, arrastou a votação por dois dias. Na terça-feira chegou a chamar a Polícia Federal à Câmara por dizer que havia suspeitas de que houve interferência no sistema de internet dada a instabilidade da rede.

Por fim, o plenário aprovou a PEC em primeiro turno, por 393 votos favoráveis e 14 contrários. O texto concede uma série de benefícios sociais há menos de 3 meses das eleições. O detalhe é que esses benefícios, como o aumento do Auxílio Brasil, a ampliação do vale gás e um voucher para caminhoneiros, só valem até dezembro.

Nos bastidores, deputados falam sem cerimônia que Lira,  superou seu mentor, o ex-presidente Cunha. Há cerca de três anos, o senador Cid Gomes já havia alertado que a eleição de Arthur Lira para a presidência da Câmara seria uma forma de perpetuar o modelo de operar de Eduardo Cunha na casa. Cunha que foi responsável por colocar em pauta a votação do impedimento da ex-presidente Dilma quando era presidente da Câmara, foi preso por corrupção e atualmente está em prisão domiciliar.

No vídeo abaixo você poderá ver  a participação do deputado Mitraud no Café do MyNews explica como foram as manobras de Lira e parte do vídeo com a entrevista do senador Cid Gomes.