Não é dançando, cantando e indo atrás de dicas que você será bem-sucedido. Informação de qualidade, sim, é que deve ser perseguida.
Em 01/08/22 14:38
por Mara Luquet
Jornalista, fundadora e CEO do canal MyNews, considerado pelo Google referência mundial em jornalismo no YouTube. Foi colunista de finanças pessoais da TV Globo e CBN, editora do Valor Econômico e criadora do caderno Folhainvest, da Folha de S.Paulo.
Talvez você se sinta um completo imbecil por não estar ganhando tanto dinheiro quanto as moças e os rapazes que aparecem nos videos cantando, dançando e fazendo cálculos mirabolantes. Será que só não é rico quem não quer?
Dois casos que vieram a público, na semana passada, parecem mostrar que não há nada de novo no mercado de capitais, apenas a tecnologia.
No primeiro caso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deu uma “stop order” (suspensão) à emissão de debêntures da PetraGold porque, entre outras coisas, viu indícios de operação fraudulenta. A proibição está lá, expressa, no comunicado da CVM. No entanto, a PetraGold continuou a vender as debêntures. Mas a CVM não proibiu?! “Sim, proibiu”, disse a PetroGold por meio de sua assessoria. “Mas, esta, na verdade, trata-se de outra operação”, tentou se justificar.
Na semana passada, os debenturistas foram procurados por um advogado da empresa para negociarem os pagamentos.
Os casos que foram relatados no MyNews (veja video abaixo) são tristes, porém educativos. Como jornalista já cobri muitas “novidades” no mercado financeiro. Algumas envolviam riscos altíssimos.
Com isso, não quero dizer que, no mercado, não haja operações que possam remunerar os investidores com ganhos expressivos. Mas atenção! Não é dançando, cantando e indo atrás de dicas que você será bem-sucedido. Informação de qualidade, sim, é que deve ser perseguida.
Outro caso envolvendo o mercado financeiro veiculado pelo MyNews, na semana passada, foi a suposta operação de manipulação de ações da TC (Traders Club), empresa de serviços financeiros, pela Empiricus, que também presta serviços financeiros.
A TC acusa a Empiricus de orquestrar uma operação de difamação para pressionar para baixo o preço de suas ações. O propósito da tal difamação seria lucrar por meio de uma posição vendida em ações da TC (quando se ganha apostando na queda do preço das ações).
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