O impacto dos tratamentos de saúde para seus animais de estimação quando se está aposentado. Os desafios cada vez mais inusitados da longevidade
Em 04/08/22 14:23
por Mara Luquet
Jornalista, fundadora e CEO do canal MyNews, considerado pelo Google referência mundial em jornalismo no YouTube. Foi colunista de finanças pessoais da TV Globo e CBN, editora do Valor Econômico e criadora do caderno Folhainvest, da Folha de S.Paulo.
Você um dia imaginou que a longevidade do seu cão pode lhe causar problemas orçamentários depois que você estiver aposentado?
Quanto mais leio e pesquiso sobre previdência mais me deparo com situações completamente inusitadas. Sim, a despesa com seu animal de estimação pode ser um item importante nos cálculos de sua renda na aposentadoria. A longevidade do cão também importa.
Se não acredita, veja esta dúvida que uma leitora enviou para o jornal americano New York Times. Trata-se de uma mulher solteira, aposentada, com 65 anos de idade. Queria saber se deveria dar cabo de seu cão, uma vez que ele estava com a saúde muito precária, exigindo cuidados vultuosos.
Para ela, não era só uma questão financeira, havia o caráter ético que a preocupava. “Estou preocupada com o que devo eticamente a esse animal de estimação tão dedicado”, escreveu.
Sua dúvida foi encaminhada ao NYT nas seguintes palavras: “posso me dar ao luxo de gastar uma quantia justa, pois isso não prejudicará meu estilo de vida, mas não me sinto confortável em alocar muitos milhares de dólares no tratamento do meu cão idoso”.
Bem, não tenho credenciais para responder sob o ponto de vista ético ou, até mesmo criminal. Quanto ao aspecto financeiro, há sim uma conta a ser feita. Se você gosta de pets, o gasto com eles tem que fazer parte do seu planejamento para a aposentadoria. Eles podem passar a representar um custo relevante à medida que envelhecem. O número de petshops e clínicas veterinárias só aumentam e não me deixam mentir. São negócios bastante lucrativos.
Não tenho filhos, nem pets e nem sequer plantas. Mas andei pesquisando e descobri que, se seu pet for tão longevo quanto você , será necessário lidar com essa questão de mantê-lo ou não vivo quando o peso da idade chegar e sobrecarregar o seu orçamento. Não é uma decisão fácil. Nós os amamos e, por vezes, são os únicos a nos fazer companhia. Já tive um cãozinho quando adolescente e sofri, barbaramente, quando ele se foi. Talvez venha daí minha decisão de não mais ter animais de estimação. Mas, está provado cientificamente que a companhia deles melhora nossa saúde, ainda mais depois que nos aposentamos. Mesmo que não vivamos sós.
Então, para que não tenha que enfrentar dilema semelhante, vale se preparar financeira ou, se for o caso (espero que não), emocionalmente. Se você quiser ver a matéria completa do NYT o link está aqui.
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