Uma brincadeira sem graça, mas de arrepiar… de medo

Imagine que entramos no ano de 2023. O novo presidente é Roberto Jefferson. Na presidência do Senado, Daniel Silveira. De volta à presidência da Câmara, Eduardo Cunha. Lembra-se dele? Entre seus companheiros de Câmara, figuram os ex-governadores José Roberto Arruda e Anthony Garotinho. E, para completar, Wilson Witzel retorna ao governo do Rio.
Sim, claro, é uma brincadeira sem graça. Mas, embora improvável, não seria de todo impossível, uma vez que todos apresentaram suas respectivas candidaturas. Quando vi, no jornal O Globo de quarta-feira (3 de agosto), uma galeria de fotos desses candidatos, por uns instantes, temi que alguma delas fosse bem-sucedida.
Afinal, em 2016, não só eu, mas muitos outros jornalistas, analistas políticos ou econômicos, estrategistas, enfim todos que acompanham a política e a economia com lupa, não enxergavam muita chance que um certo deputado do baixo clero – misógino, racista, homofóbico, que tem como ídolo o coronel Ustra – pudesse chegar à presidência da República.
Não é de se estranhar que aquela manchete de página de O Globo (”Políticos ignoram pendências judiciais e ensaiam candidaturas”) tenha me causado calafrios. Na matéria se lia:

“Condenados por diferentes acusações, esses políticos têm em comum o fato de que seus processos já foram julgados por órgãos colegiados, o que lhes impõe punições previstas pela Ficha Limpa, ou foram cassados por seus pares, o que também redunda em inelegibilidade. Contudo, eles recorreram contra suas sentenças e, em alguns casos, conseguiram decisões provisórias que lhes permitiram voltar aopáreo”. (o grifo é meu).

Meu Deus! Ainda que não consigam se livrar dos impedimentos e fiquem de fora do certame eleitoral, saiba que eles têm muita influência sobre políticos que, certamente, serão eleitos.  Por isso, pesquise antes para escolher seus candidatos. Faça suas escolhas com consciência!

Neste Segunda Chamada no vídeo abaixo falamos sobre o tema