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O que mostra a eleição na Venezuela e sua alta abstenção, segundo este professor

Pleito do último domingo (6) na Venezuela foi marcado pela grande abstenção de eleitores e pelo boicote convocado pela oposição

por em 07/12/20 14:27

A edição desta segunda-feira (7) do Almoço do MyNews abordou, entre outros assuntos, a eleição legislativa do último domingo (6) na Venezuela, marcada pela grande abstenção de eleitores e pelo boicote convocado pela oposição.

De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral, 5,2 milhões de pessoas votaram – o equivalente a 31% do total. E enquanto o próprio regime de Nicolás Maduro admitiu uma cifra de 69% de abstenção, organismos contrários ao governo apontaram um índice ainda maior, de 80%.

O governo se vale da questão da pandemia para justificar a baixa adesão às urnas. A oposição, no entanto, vê como bem sucedida a convocação do boicote ao pleito.

O resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral deu vitória à coalizão governista Grande Polo Patriótico, que ficou com a maioria dos assentos na Assembleia Nacional.

Ao Almoço, o professor Jorge Mortean, professor de Relações Internacionais na Universidade Anhembi Morumbi, disse que a eleição mostrou uma oposição desmembrada e um regime fortalecido internamente.

“Dentro do jogo político venezuelano, o regime conseguiu isolar e diminuir a presença da oposição que era mais combativa e afagar os ânimos dessa oposição mais social-democrata com a qual dialoga”.

Mortean aponta Juan Guaidó, um dos principais nomes da oposição venezuelana, dentro desse grupo que optou por um diálogo junto a certos representantes do regime Maduro e dissidentes. No entanto, essa postura não é bem vista por outros setores de oposição, que preferem uma ação mais incisiva para precipitar uma mudança mais rápida de governo.

Por outro lado, o professor considera que a alta abstenção mostra que o Nicolás Maduro fracassou na tentativa de mostrar à comunidade internacional que a Venezuela vive um regime democrático de fato. Fato esse agravado pela presença apenas de países aliados a Caracas no rol de observadores internacionais.

“Isso torna ainda mais duvidosa, pelo menos do ponto de vista retórico, a postura do atual governo venezuelano de se autoafirmar perante à comunidade internacional”.

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