Incerteza global gerada pela pandemia de Covid-19 tem servido como um elemento a mais de impulso para a cotação do Bitcoin
por Rodrigo Borges Delfim em 17/12/20 11:04
Considerada a maior e mais famosa das criptomoedas, o Bitcoin bateu novo recorde nesta quinta-feira, com uma cotação na casa dos US$ 23 mil às 11h40. Ao mesmo tempo, seu valor em real também experimenta forte alta, em torno de R$ 115 mil às 11h40.
O novo patamar vem um dia após o Bitcoin ultrapassar os US$ 20 mil pela primeira vez na história. No ano, a criptomoeda já possui uma valorização acumulada de 220%.
Em 26 de setembro o preço do Bitcoin girava em torno de US$ 10.700.
A incerteza global gerada pela Covid-19 tem servido ainda como um elemento a mais de impulso para a cotação do Bitcoin. Embora seja um ativo até mais volátil que uma ação em Bolsa de Valores, com uma cotação que muda o tempo todo, ele tem atraído tanto pessoas físicas quanto jurídicas que buscam alternativas para seus investimentos.
De acordo com o trader de derivativos e CEO da Nox Bitcoin, João Paulo Oliveira, essa alta expressiva é creditada a uma procura cada vez maior do Bitcoin por grandes fundos de investimentos globais.
“Os grandes investidores talvez já percebam que o Bitcoin não seja essa moeda de hacker e de nerd para pagar por jogos online, e que ele pode ser uma ativo que represente uma reserva de valor global. Os grandes investidores globais que não acreditavam nessa tese anos atrás agora veem nisso uma possibilidade”.
Segundo Oliveira, a tendência para o Bitcoin é de manter uma trajetória de alta, embora a criptomoeda não seja imune a outros fatores que podem jogar seu preço para baixo. E vê a entrada de grandes empresas nesse mercado como algo benéfico inclusive para pequenos investidores.
“Quanto mais gente negocia, mais seguro o Bitcoin se torna”.
Criado em 2009, em uma resposta à crise geral que abalou o mundo no ano anterior e lançou incertezas sobre o sistema financeiro global, o Bitcoin surgiu como uma proposta de dinheiro digital descentralizado, independente de governos.
Com o passar do tempo, a criptomoeda vem “furando a bolha” na qual nasceu e alcança outros interessados, em uma tendência que se acentuou com a pandemia. Ao mesmo tempo, governos nacionais debatem como lidar com esses ativos – enquanto alguns optam por proibir toda e qualquer operação, outros estudam meios de como regulamentá-los.
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