Comprar no comércio local tornou-se um ato de solidariedade e responsabilidade social na pandemia
por Conrado Leister em 19/12/20 13:03
Neste atípico 2020, em que fomos forçados a rever hábitos e a ressignificar nossas relações sociais, vimos grandes transformações acontecerem ao nosso redor. Vimos muitas pessoas fazendo coisas incríveis pela nossa comunidade – começando pelos profissionais de saúde, que seguem na linha de frente da luta contra a pandemia. Vimos nossas rotinas, incluindo lazer e encontros com família e amigos, migrando para o virtual. Vimos, de maneira geral, nossa capacidade de adaptação ser colocada à prova de inúmeras formas, dia após dia. Sob o ponto de vista econômico, porém, há um grupo cuja resiliência frente a um cenário tão desafiador merece um destaque especial: o das pequenas e médias empresas.
Uma das mudanças mais relevantes desencadeadas pela Covid-19 foi a grande aceleração da digitalização desses negócios, um movimento que já estava em curso no Brasil. Quando milhões de empresas, grandes e pequenas, foram forçadas a fechar suas operações físicas no segundo trimestre do ano, muitas migraram suas atividades para o virtual, adaptando-se a uma realidade nova e incerta de forma admirável – e, muitas vezes, usando apenas um telefone celular. Nesse contexto, os aplicativos do Facebook contribuíram de forma significativa para facilitar essa transição – desde o WhatsApp, que junto a outras plataformas de mensagem como o Messenger se tornou, em muitos casos, o principal canal de comércio e contato direto com clientes durante a pandemia, até as Páginas no Facebook e contas no Instagram, que foram fundamentais para divulgação de produtos e serviços de forma eficiente e criativa.
Com as ferramentas para continuar operando em mãos, os empreendedores hoje se sentem mais preparados para enfrentar a crise e estão mais otimistas do que nos primeiros meses do ano, quando muitos estavam sem perspectiva de como conseguiriam manter suas portas abertas. Para se ter uma ideia, 44% dos pequenos negócios operacionais no Facebook relataram, em outubro, que a proporção das vendas que fizeram digitalmente aumentou em comparação com o período anterior ao da pandemia. Quando o assunto é expectativa para o futuro, o cenário também melhorou: em outubro, 70% dos proprietários e gerentes de pequenos negócios operacionais no Facebook relataram que se sentem otimistas quanto ao futuro de seus negócios, contra 43% em maio. Os dados são do Relatório Global sobre a Situação das Pequenas Empresas, pesquisa feita em colaboração entre o Facebook e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o Banco Mundial, que entrevistou empreendedores de maio a outubro.
A tendência, é claro, também é acompanhada pelo outro lado do balcão: outro estudo comissionado pelo Facebook mostrou que, no Brasil, 75% dos consumidores experimentaram pelo menos uma nova plataforma de compras digital pela primeira vez desde o início da pandemia. Os consumidores perceberam o quanto podem fazer com seus dispositivos móveis, e isso mudou seu comportamento – fazendo com que eles provavelmente busquem, mesmo quando pudermos voltar a nos reunir de forma segura, uma experiência de compra híbrida, que combine o melhor dos mundos online e offline. Outro dado interessante, indicado em uma pesquisa encomendada à Deloitte pelo Facebook, é de que 73% dos brasileiros relataram ter começado a comprar de novos pequenos negócios desde que a pandemia começou.
Nesse sentido, observamos que as devastadoras consequências sociais e econômicas da Covid-19 contribuíram para o aumento da consciência e engajamento das pessoas em relação às suas comunidades. Comprar no comércio local tornou-se praticamente um ato de solidariedade e responsabilidade social, e estamos orgulhosos de saber que nossos aplicativos estejam contribuindo para viabilizar grande parte dessas transações – e, assim, cumprindo o seu papel de construir comunidades, aproximar o mundo e conectar as pessoas com aquilo que é importante para elas. Mesmo que ainda não possamos estar fisicamente juntos, vislumbramos um 2021 que sem dúvida ainda será de muitos desafios, mas para o qual seguimos confiantes e mais conectados do que nunca.
Conrado Leister é diretor-geral do Facebook no Brasil
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