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SEGUNDA CHAMADA

Bolsonaro esperava continuar no poder para ter impunidade, diz comentarista de política

Para Andréa Gonçalves, Bolsonaro e envolvidos no caso acreditavam que o ex-presidente seria reeleito democraticamente ou daria um golpe bem-sucedido para se manter no poder

por Camilla Lucena* em 05/07/24 17:20

Andréa Gonçalves participa do Segunda Chamada de quinta-feira (4) | Foto: Reprodução/MyNews

O ex-presidente Jair Bolsonaro e demais envolvidos no caso da tentativa de venda de joias sauditas abusaram dos cargos de poder porque acreditavam na impunidade, afirmou a comentarista de política Andréa Gonçalves durante participação no Segunda Chamada de quinta-feira (4). Para ela, essas pessoas ou achavam que Bolsonaro seria reeleito democraticamente, e seguiria com foro privilegiado, ou cogitavam a possibilidade de uma tentativa de golpe bem-sucedida para mantê-lo no poder.

“Eu não sei se era crente na reeleição de Bolsonaro […] ou se foi crente que a tentativa de golpe seria exitosa”, disse. Ela acrescentou que as ações dos investigados — entre eles Julio César Vieira Gomes (auditor fiscal e ex-secretário da Receita), Bento Albuquerque (ex-ministro de Minas e Energia de Bolsonaro), Frederick Wassef (advogado do ex-presidente) e Marcelo da Silva Vieira (chefe do gabinete de Documentação Histórica da República no governo Bolsonaro) — foram conscientes. “Tanto que [Mauro Cid] foi vender [as joias] lá fora porque sabia da ilegalidade, da ilicitude, das suas ações”.

Leia mais: TCU determina que Bolsonaro entregue joias masculinas em até cinco dias

Segundo o relatório entregue pela Polícia Federal, em que mais de 10 pessoas foram indiciadas por envolvimento na tentativa de venda das joias no exterior, as condutas de Bolsonaro configuram associação criminosa, lavagem de dinheiro e peculato, que ocorre quando a pessoa utiliza cargo público para se apropriar ou desviar bens públicos de forma indevida. Após o indiciamento, começa agora a segunda fase da ação penal, que será feita pelo Ministério Público.

Com todos os elementos de prova em mãos, o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, vai decidir se oferece a denúncia, se pede mais provas ou se arquiva o caso. Na opinião de Andréa Gonçalves, Gonet vai levar a denúncia ao Supremo Tribunal Federal, pois as provas reunidas comprovam os delitos.

Leia mais: MPF pede informações à Receita sobre caso de joias enviadas à Michelle Bolsonaro

“Eu percebo que foi tudo feito deixando muito lastro probatório”, avaliou a comentarista, que ressalta o papel da imprensa na investigação. “A imprensa acredito que teve um papel fundamental em toda essa situação, trazendo indícios que, a partir disso, a Polícia Federal pode confirmar ou não.”

Andréa Gonçalves explica que, caso a denúncia seja recebida no STF, Bolsonaro e os outros indiciados podem ser processados no plenário ou na 1ª Turma, visto que Alexandre de Moraes é o relator do inquérito. Mas, para ela, o caso “mereceria um julgamento por parte do plenário do Supremo Tribunal Federal” para que a Justiça seja feita de fato.

Assista abaixo ao Segunda Chamada de quinta-feira (4):

*Sob supervisão de Sofia Pilagallo

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