Jornalista André Borges detalhou que a Polícia Federal esclareceu que na propriedade do ex-piloto de Fórmula 1 havia apenas objetos de menor valor
por Camilla Lucena* em 10/07/24 16:07
Ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet | Foto: Anderson Riedel/Presidência
A fazenda do ex-piloto Nelson Piquet, em Brasília, serviu de depósito para inúmeros presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o período em que ele esteve à frente da Presidência da República. Durante o Segunda Chamada desta terça-feira (9), o jornalista André Borges pontuou no meio das inúmeras “quinquilharias” e peças mais simples e simbólicas, não estavam as joias milionárias que foram levadas para serem comercializadas nos Estados Unidos.
André Borges foi quem revelou, em conjunto com a jornalista Adriana Fernandes, o escândalo das joias recebidas por Bolsonaro em 2023 em uma série de reportagens no jornal O Estado de S.Paulo. De acordo com ele, com a veiculação das primeiras matérias sobre os kits milionários, começou uma movimentação entre Mauro Cid, Frederick Wassef e Fábio Wajngarten para devolver as joias.
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O Tribunal de Contas da União (TCU) chegou a catalogar o acervo mantido na fazenda do ex-piloto de corrida depois que os primeiros depoimentos indicaram que as joias estariam lá. Mas, com o avanço da investigação e a juntada de novas provas, os envolvidos deram uma nova versão dos fatos. “Você tem o assessor de Bolsonaro, [Osmar] Crivelatti, dizendo: ‘sim, eu entreguei em mãos esse kit de joias que eu falei primeiro que estava no Piquet, mas agora eu refaço meu depoimento'”, reforçou André Borges.
O jornalista revelou que teve acesso, durante a primeira reportagem, à documentação do conjunto de itens masculinos da marca suíça Chopard — composto por uma caneta, um anel, um par de abotoaduras, um relógio e um rosário árabe —, que ficou popularmente conhecido como “kit rose”. Ele disse ao MyNews, em primeira mão, que, nesta documentação, há um registro de que o “kit rose” deveria ser encaminhado para a fazenda de Piquet junto com outras peças.
“Eles marcam o dia que deve ser enviado, não ia ser só esse pacote, ia ser enviado com outras coisas. […] Aí, por alguma razão, a pessoa [que receberia as joias na fazenda] não vai”, explicou André Borges, “tem até uma troca de e-mails que eu consegui na época: ‘Olha tá acabando o tempo, [o kit] precisa estar lá. Vamos enviar de novo'”. Para ele, existe a possibilidade do “kit rose” ter passado pela propriedade de Nelson Piquet antes de Bolsonaro ir para os Estados Unidos.
Assista à integra do programa:
*Sob supervisão de Afonso Marangoni.
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