Líder venezuelano havia dito há alguns dias que o país poderia enfrentar um 'banho de sangue' e uma 'guerra civil' caso não fosse reeleito
por Sofia Pilagallo em 28/07/24 12:42
Presidente Nicolás Maduro vota na manhã deste domingo (28) | Foto: Reprodução/X/@nicolasmaduro
O presidente venezuelano e candidato à reeleição Nicolás Maduro votou pela manhã neste domingo (28) e afirmou que reconhecerá o resultado do pleito, logo após a abertura das urnas, no Forte Tiuna, a maior instalação militar venezuelana, na capital Caracas. “Reconheço e reconhecerei o árbitro eleitoral, os boletins oficiais e garantirei que sejam respeitados”, disse Maduro a repórteres, depois de deixar o local de votação. Ele havia dito há alguns dias que a Venezuela poderia enfrentar um “banho de sangue” e uma “guerra civil” caso não fosse reeleito.
Ainda neste domingo, Maduro declarou que a campanha presidencial na Venezuela foi livre e aberta, apesar das críticas internacionais. Segundo o presidente, ele foi “o único candidato perseguido”. Ao mesmo tempo, celebrou o fato de a Venezuela ter atravessado o período eleitoral sem nenhum “incidente”, uma vez que a violência política na América Latina tem se tornado comum. Em agosto do ano passado, Fernando Villavicencio Valencia, de 59 anos, um dos oito candidatos à Presidência do Equador pelo partido de centro Movimento Construye, foi morto a tiros após realizar um comício na capital, Quito.
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“Teve paz. Nenhum incidente eleitoral. Não deram nem um tapa em um candidato”, afirmou Maduro. “É assim em toda a América Latina? Não. Ontem, eu falei com delegados internacionais e me falavam de casos de outros países em que tem dezenas de candidatos assassinados. Graças a Deus na Venezuela temos um país coeso e em paz.”
Organizações internacionais como a Organização dos Estados Americanos (OEA), além dos Estados Unidos e da União Europeia, já denunciaram fraude em eleições anteriores na Venezuela. Partidos de oposição foram proibidos de participar, sendo rotulados pelo governo como marionetes “fascistas” alinhadas a potências estrangeiras. Desta vez, o presidente permitiu a participação da coalizão de partidos opositores, em acordo que resultou em um breve alívio nas sanções econômicas dos EUA.
De acordo com as últimas pesquisas de intenção de voto, Maduro tem chances reais de perder a eleição e deixar a liderança do país, depois de 12 anos na chefia do Executivo. Ele tem 20% das intenções de voto, contra 50% do diplomata Edmundo Urrutia, seu principal adversário. A poucos dias da eleição, venezuelanos conversaram com a jornalista Sylvia Colombo, diretamente da Ponte Simón Bolívar, que liga a Colômbia ao estado de Tachira, na Venezuela, e disseram estar confiantes na derrota de Maduro.
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