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Pesquisa revela pessimismo mundial quanto à pandemia e seus efeitos em 2021

Estudo global conduzido pelo instituto Ipsos Mori ouviu 23 mil pessoas em todo o mundo

por Vitor Hugo Gonçalves em 11/01/21 18:58

Pesquisa mostra pessimismo global para 2021, sob a Covid-19
Pesquisa mostra pessimismo global para 2021, sob a Covid-19.
(Foto: Pixabay)

Em janeiro de 2020, o poder destrutivo de um vírus até então desconhecido ganhava as manchetes dos principais jornais, sobretudo nas mídias asiáticas e europeias. Denominado posteriormente de Covid-19, a doença rapidamente se alastrou pelo mundo, admitindo, para além da fatal aflição, uma conjuntura global de incertezas.

Procurando entender qual a percepção mundial para 2021, a companhia de pesquisas de mercado londrina Ipsos Mori realizou o estudo “Global Advisor 2021 Predictions”, interrogando, entre outubro e novembro de 2020, mais de 23 mil adultos dispersos pelo mundo, nas mais diversas localidades, como países da Europa, Ásia, Oriente Médio, América do Norte e América do Sul.

Olhando para o futuro

Dentre as previsões inqueridas pelo estudo, uma já vem, ao menos em certas nações, se concretizando nas últimas semanas: a vacinação. Segundo a pesquisa, 68% dos entrevistados acreditam no desenvolvimento bem-sucedido de um imunizante contra a Covid-19 – a aprovação de vacinas por parte de agências sanitárias como a estadunidense Food and Drug Administration (FDA) e a europeia European Medicines Agency (EMA) demonstram a efetividade do prognóstico popular.

Quanto às medidas de prevenção, pode-se afirmar que a maioria das pessoas seguem cautelosas quanto a continuidade no uso de máscara em locais públicos, já que 61% declararam que é provável que grande parcela da população de seus respectivos países continue usando o método preventivo ao longo de todo o ano.

Mais da metade dos participantes não acreditam em um retorno à normalidade ainda em 2021, mesmo após os efeitos da pandemia, e cerca de dois quintos acham improvável que a economia doméstica de seus países conseguirá se reestabelecer totalmente.

Na Malásia, país do sudeste asiático, 70% dos participantes consideram reais as possibilidades de um novo vírus ocasionar outra pandemia. Mais de 60% das pessoas na Coreia do Sul, Rússia e Turquia compartilham dessa opinião, em comparação com cerca de um terço dos entrevistados nos EUA, Reino Unido e Austrália.

Em confluência com as dificuldades compulsórias anotadas em 2020, a pesquisa registrou que menos de um terço dos entrevistados consideram que a crise universal gerada pela Covid-19 é capaz de mudar o mundo para melhor.

Além da pandemia

A tecnologia foi responsável por alterar diversas estruturas sociais durante os períodos mais restritivos da pandemia. Uma mudança notável nesse aspecto foi o crescimento das compras online em muitos países, que, mediante as limitações decorrentes do confinamento e distanciamento social, registraram as maiores médias da história.

Dos entrevistados, 57% acreditam que são propensos a gastar mais realizando compras online do que em lojas físicas.

Em questões sociais e financeiras, quase dois terços pensam que a desigualdade de renda aumentará em seu país. 40% acham provável que os principais mercados de ações globais possam quebrar – a maior confiança foi depositada na China, uma vez que apenas 22% previram o resultado econômico chinês negativo.

Esperança de um ano melhor

Retornando à tecnologia, 36% dos entrevistados disseram que acreditam na possibilidade de, ao longo de 2021, os robôs se parecerem, pensarem e se comunicarem mais como os humanos. Mais da metade, porém, discordou dessa visão. Um quinto das pessoas foi além da substituição de pessoas por robôs, afirmando que a clonagem humana será legalizada em alguns países.

A mudança climática, por sua vez, está ocupando espaço de destaque entre as preocupações mundiais, com 75% prevendo que a temperatura média global aumentará em 2021. Pequenos grupos se mostraram preocupados com outras ameaças, incluindo a extinção humana (16%), invasões alienígenas (12%) e a descoberta de que fantasmas realmente existem (16%).

Apesar das ameaças relatadas, ínfimas ou não, a pesquisa indicou, de modo geral, a presença de um bom grau de otimismo: 77% acreditam que 2021 será um ano melhor e mais da metade preveem que a economia global será mais forte do que foi em 2020.

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