Conselho Federal de Medicina identificou problemas e pediu a retirada do ar; Ministério da Saúde não comentou
por Rodrigo Borges Delfim em 21/01/21 18:10
O formulário virtual TrataCOV, lançado pelo Ministério da Saúde, que recomendava “tratamento precoce” e sugeria cloroquina e outros medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento de pessoas infectadas com Covid-19, saiu do ar.
A aplicação foi lançada na última semana, com foco nos profissionais de saúde que atuam em Manaus. A capital do Amazonas, assim como outras cidades do estado, vive situação de caos na saúde em razão do crescimento de casuso da Covid-19.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) pediu que o formulário fosse retirado do ar. Em comunicado, a entidade disse que alertou a pasta sobre inconsistências identificadas no aplicativo.
Entre as falhas apontadas pela área técnica do CFM no formulário estão a falta de garantia de sigilo das informações inseridas, a possibilidade de preenchimento por não médicos, a recomendação de drogas que não contam com reconhecimento para tratamento de Covid-19 e indução à automedicação.
“Diante do exposto, o CFM pediu ao Ministério da Saúde a retirada imediata do ar do aplicativo TrateCov”, disse o CFM.
Procurado pelo MyNews, o Ministério da Saúde não comentou o motivo da retirada do ar do formulário.
Na aplicação, o usuário inseria dados sobre comorbidades, sintomas e exposição a ambientes de risco e, a partir deles, o sistema traçava um diagnóstico prévio. Nele apareciam recomendações à procura de “tratamento precoce” e menção a substâncias como cloroquina e ivermectina, sem eficácia comprovada contra a Covid-19
As orientações do TrateCOV contrariam as recomendações médicas e estudos científicos e também desmentem as declarações recentes do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de que a pasta não faz menções a tratamento precoce e a esses tipos de medicamentos.
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