Ex-presidente do Inep Maria Inês Fini avalia que diversas medidas ainda precisam ser implementadas
por Fabiana Novello em 08/02/21 18:52
O segundo dia do Enem digital teve uma abstenção de 71,3%, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). No domingo passado (31/01), primeiro dia de provas dessa versão digital, a abstenção foi de 68,1%. “Estamos muito satisfeitos com o resultado. Estamos reescrevendo a história do Enem”, afirmou em entrevista coletiva o presidente do Inep, Alexandre Lopes.
Segundo ele, houve uma ocorrência hoje de falta de energia no bairro de Queimados, no Rio de Janeiro. Já no domingo passado, diversos problemas foram registrados como atraso de até duas horas no início das provas em algumas cidades como São Paulo e Belo Horizonte. Em Taguatinga, no Distrito Federal, por exemplo, alunos foram dispensados por causa de falha no sistema. Segundo o Inep, houve um problema no servidor. Os candidatos prejudicados nas duas datas da prova poderão fazer a reaplicação.
A intenção do Ministério da Educação é tornar o Enem totalmente digital até 2026. A ex-presidente do Inep Maria Inês Fini avalia que a modernização do exame tem que ocorrer, mas ressalta que para isso outras medidas precisam ser implementadas. Ela pontua que é necessário ter um grande banco de itens já digitalizados e testados. Também ressalta que é preciso garantir a acessibilidade dos estudantes à tecnologia, seja nas escolas ou em casa. “Acho que é um caminho que não tem volta, mas para trilhá-lo vamos precisar de outros recursos, seja incrementando nosso currículo de informação, seja investindo em pesquisa e tecnologia também para poder ampliar nossa capacidade de avaliar de maneira mais moderna como os outros países estão fazendo”, afirma. “Essa maneira de fazer a prova não foi uma maneira moderna. Você simplesmente tirou do papel e colocou no computador. Veja que a redação teve que ser escrita no papel. Não houve uma mudança tecnológica que se esperava”, acrescenta.
A versão impressa do Enem foi realizada nos dias 17 e 24 de janeiro. A abstenção no primeiro dia foi de 51,5% e no segundo foi de 55,3%. Maria Inês Fini criticou a realização do Enem neste momento de pandemia. “Ao fazer o exame do jeito que fez, o que aconteceu? Três milhões de jovens foram excluídos do exame. O Enem foi feito para ser um exame de inclusão”, diz.
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