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Biden anuncia sanções a Mianmar após golpe militar

Presidente americano pediu a libertação dos presos políticos e que as Forças Armadas de Mianmar deixem o poder

por Hermínio Bernardo em 10/02/21 19:13

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou sanções a Mianmar. O país asiático sofreu um golpe militar na semana passada.

Biden afirmou que a Casa Branca vai identificar os participantes do movimento golpista e impor controles às exportações americanas a Mianmar.

Democrata Joe Biden, presidente eleito dos EUA.
Democrata Joe Biden, presidente eleito dos EUA. Foto: Gage Skidmore (Domínio Público).

O presidente americano também declarou que vai pedir a libertação das lideranças políticas presas e que as Forças Armadas de Mianmar deixem o poder.

“Enquanto os protestos aumentam, a violência contra aqueles lutando por seus direitos democráticos é inaceitável e vamos continuar chamando atenção para isso. O povo de Mianmar está fazendo sua voz ser ouvida e o mundo está assistindo”, declarou Biden.

Golpe

Mianmar vivia uma democracia desde 2011, depois de governado por militares por 50 anos. O principal partido do país é a Liga Nacional pela Democracia, que conquistou mais de 80% dos cargos em disputa nas eleições parlamentares de novembro de 2020.

Nobel da Paz Daw Aung San Suu Kyi. Foto: redes sociais
Nobel da Paz Daw Aung San Suu Kyi. Foto: redes sociais

Os parlamentares eleitos iriam aprovar um novo governo, mas o resultado desagradou os militares que alegaram fraude e irregularidades no processo eleitoral. Como resultado, cercaram os prédios do Parlamento, fecharam as entradas da capital do país, Naipidau, e prenderam líderes do partido e lideranças civis.

Uma das pessoas presas foi Daw Aung San Suu Kyi, uma figura controversa. Ela ganhou um Nobel da Paz em 1991 por causa da luta pela democratização de Mianmar, mas também é acusada de apoiar a perseguição à minoria muçulmana que vive no país, os Rohingyas – Mianmar é um país de maioria budista. Ela é acusada, inclusive, de se aliar aos militares para perseguir essa minoria e promover uma limpeza étnica.

San Suu Kyi foi presa porque além de presidente da NDL, o partido vencedor das eleições, era conselheira de estado. O cargo foi criado especialmente para ela, já que, por ter sido casada com um estrangeiro e ter filhos estrangeiros, não poderia assumir o cargo de primeira- ministra. San Suu Kyi foi deposta pelos militares e chegou a pedir que a população não aceite o golpe, mas as principais cidades estão sem internet e telefone.

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