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Aumento de rejeição a Bolsonaro mostra dificuldade em “fidelizar” eleitores, diz cientista político

Cientista político da UERJ destaca que Bolsonaro parece ter perdido votos no Nordeste, mas “núcleo duro” permanece intocado

por Luciana Tortorello em 18/03/21 14:51

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atingiu seu recorde de rejeição na avaliação sobre sua gestão da pandemia de covid-19. De acordo com pesquisa do Datafolha, 54% da população acredita que a gestão presidencial da pandemia é ruim ou péssima. Em janeiro, este número era de 48%.

A avaliação geral do desempenho presidencial mostra que 44% dos entrevistados considera o governo Bolsonaro ruim ou péssimo. Outros 30% o avaliam como ótimo ou bom e 24% como regular. Afirmaram que não sabem responder 2% dos entrevistados.

“Em termos de rejeição, Bolsonaro têm a maior rejeição de um presidente em primeiro mandato desde o Collor. Nem Fernando Henrique Cardoso, nem Dilma [Rousseff], nem Lula tiveram uma rejeição em primeiro mandato tão grande quanto Bolsonaro”, afirma em entrevista ao Almoço do MyNews o professor de ciência política da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Paulo Cassimiro, Bolsonaro.

O analista destaca os números ruins para o Palácio do Planalto no Nordeste. “O índice de aprovação permanece baixo entre as pessoas de mais baixa renda, àquelas que tem até dois salários mínimos. E a rejeição permanece muito alta no Nordeste. O que significa isso? Significa que o Bolsonaro não fidelizou a população que está mais suscetível a precisar de políticas de distribuição de renda. Essa população que foi beneficiada pelo auxilio emergencial, não está fidelizada pelo Bolsonaro, como em determinado momento o Lula conseguiu fidelizar aquele eleitorado que era objeto do Bolsa Família”.

O professor da UERJ também destaca que as parcelas que mais apoiam o presidente não registraram mudanças significativas em sua opinião sobre Bolsonaro. “Os estratos da população em que o apoio do presidente é maior são evangélicos, os moradores do Centro-Oeste e do Norte do país e empresários. Eles aparecem repetidas vezes na entrevista como estrato da população que apoia o presidente desde o início do mandato. Houve pouca variação nisso. Seria um apoio persistente ao Presidente da República.”

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