Em um ano, alta acumulada atinge 5,57%. Com elevação de 11,18%, gasolina foi o item que mais pressionou o índice
por Vitor Hugo Gonçalves em 25/03/21 12:41
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (25) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), compreendido como uma prévia oficial da inflação nacional. Em março, o indicador atingiu 0,93%, o maior resultado para o mês desde 2015 (1,24%) e a mais elevada taxa mensal desde dezembro (1,06%).
Em um ano, o IPCA-15 acumulou alta de 5,57%, ficando acima dos 4,57% registrados nos 12 meses anteriores e da meta inflacionária fixada para 2021 (3,75%). Mesmo com a elevada alta, o resultado se manteve dentro das projeções de analistas e instituições financeiras, que estimavam um crescimento entre 0,83% e 1,06%.
Com um acréscimo de 11,18% – após nove meses consecutivos de altas –, a gasolina foi o item que mais impactou a inflação em março. Sozinho, o combustível representa um amento percentual de 0,56 ponto no índice – etanol, óleo diesel e gás veicular aumentaram, respectivamente, 16,38%, 10,66% e 0,39%.
Dos nove grupos de produtos e serviços verificados pelo IBGE, oito tiveram alta no terceiro mês de 2021: Transportes (3,79%); Habitação (0,71%); Artigos de residência (0,55%); Saúde e cuidados pessoais (0,24%); Alimentação e bebidas (0,12%); Despesas pessoais (0,10%); Vestuário (0,03%); Comunicação (0,02%). A exceção foi o conjunto Educação, que retraiu 0,51%.
Dentre os produtos com maiores elevações, destacam-se o botijão de gás, que aumentou 4,60% e registrou o 10º mês consecutivo de alta, e as carnes, com aumento percentual de 1,72 ponto.
Contudo, apesar da alta de 0,12% em março, o grupo de alimentação e bebidas, dentro e fora do domicílio, vem sofrendo um efeito de desaceleração devido, principalmente, às quedas nos preços do tomate (-17,50%), da batata-inglesa (-16,20%), do leite longa vida (-4,50%) e do arroz (-1,65%).
Para realizar o cálculo, o Instituto coletou preços no período de 12 de fevereiro a 15 de março, comparando-os com o mesmo período entre janeiro e fevereiro deste ano. O indicador refere-se às famílias com rendimento mensal de um a 40 salários-mínimos e compreende as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
Todas as regiões aferidas apresentaram altas, sendo a maior em Belém (1,94%) e a menor no Rio (0,52%).
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