Morre Silvio Santos, aos 93 anos, em São Paulo

O empresário e apresentador Silvio Santos morreu, aos 93 anos, neste sábado (17), em São Paulo, depois de passar várias semanas internado. A informação foi confirmada pelo SBT, que escreveu nas redes sociais: “Hoje o céu está alegre com a chegada do nosso amado Silvio Santos”. Fundador da emissora, se consagrou um dos maiores nomes da televisão brasileira, em especial à frente do Programa Silvio Santos, que comandava desde 1963.

Silvio Santos, cujo nome de batismo é Senor Abravanel, nasceu em 12 de dezembro de 1930, no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro. Os pais, Alberto e Rebeca, imigrantes de origem judia, tiveram cinco filhos, sendo ele o mais velho.

O apresentador veio de origem pobre, e chegou a trabalhar como camelô nas ruas do Rio, vendendo canetas e capas de plástico para títulos de eleitor nas eleições de 1946. Na mesma época, começou a fazer pequenos trabalhos de locução de rádio, seu primeiro passo rumo à carreira na televisão.

Em 1954, Silvio assinou o primeiro contrato fixo como locutor, na Rádio Nacional de São Paulo. Depois, foi chamado pelo empresário Manuel de Nóbrega para ser animador de seu programa na Rádio Nacional. Em 1958, assumiu a empresa Baú da Felicidade, antes pertencente a Manuel de Nóbrega, e estreou seu primeiro programa televisivo, o “Hit Parade”, na TV Paulista.

Em 1962, passou a ser apresentador do “Vamos brincar de forca”, na TV Paulista (canal 5, que no ano seguinte foi comprado pela TV Globo). Em seguida, o Programa Silvio Santos começou a ser exibido pela emissora. Ele saiu da empresa em 1976 e, em 1981, fundou o SBT. No meio tempo, ganhou concessões, e teve o programa transmitido pelas TVs Tupi e TVs do Rio.

Ao longo da carreira, Silvio consagrou quadros inesquecíveis, como “Domingo no Parque”, “Qual é a música”, “Show de calouros” e “Porta da esperança”, além de seus famosos bordões, como “Vem pra cá, vem pra cá” e “Quem quer dinheiro?”. Ele também fez sucesso cantando marchinhas de carnaval, como “Coração Corintiano” e “A pipa do vovô”, registradas em álbuns entre os anos 70 e 90.

Silvio deixa a mulher, Íris Abravanel, com quem era casado desde 1978 e teve as filhas Daniela Patrícia, Rebeca e Renata. Também deixa as filhas Cíntia e Silvia, do primeiro casamento, com Cidinha, que morreu em 1977.

Assista à cobertura especial do MyNews sobre a morte de Silvio Santos: