Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, tomou posse nesta semana e anunciou várias medidas. A primeira foi a saída do país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. O anúncio, portanto, ocorreu durante um discurso para mais de 20 mil pessoas.
Aliás, no seu primeiro mandato, Trump já havia retirado o país do acordo, argumentando que ele prejudicava a economia americana e favorecia outros países às custas dos Estados Unidos. Contudo, durante a gestão de Joe Biden, o país voltou a fazer parte do pacto, mas agora a decisão foi novamente revertida.
LEIA MAIS: Entenda como a volta de Trump pode transformar o Brasil e o Mundo
Desse modo, os Estados Unidos se juntam a Irã, Líbia e Iêmen, os únicos países fora do acordo firmado em 2015. A medida só será oficializada após confirmação da ONU (Organização das Nações Unidas). Sendo a maior economia mundial e a segunda maior emissora de gases de efeito estufa, as ações dos EUA terão impacto direto na luta global contra as mudanças climáticas.
“Os riscos dessa saída são dois: o primeiro é que os EUA não se desconectem completamente, com o Departamento de Estado ainda podendo atrapalhar as negociações; o segundo é que isso possa causar uma reação em cadeia, levando outros países a sair, o que enfraqueceria o esforço multilateral”, avalia Claudio Angelo, coordenador de política internacional do Observatório do Clima, em declaração ao portal g1.
Trump já declarou que, além de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris, pretende:
apoiar o aumento da produção de energia nuclear;
revogar as determinações de Joe Biden sobre veículos elétricos e outras políticas de redução de emissões automotivas;
liberar todos os projetos de geração de energia, incluindo os que utilizam combustíveis fósseis.
“Os EUA prometeram enviar 500 milhões de dólares para financiamento de iniciativas climáticas. Até agora, enviaram apenas cerca de 10%, e isso será afetado. Além disso, a COP do Brasil, que ocorre este ano em Belém, também pode sofrer consequências com Trump na presidência. A eleição dele traz impactos, mesmo que os EUA estejam fora do Acordo de Paris”, alerta Marcio Astrini.