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Bruno Cavalcanti

COMITÊ DA CULTURA

Nome de Marta Suplicy entra em discussão para assumir comitê da cultura em eventual governo Lula

Ex-petista já teve conversas com o ex-presidente em momentos diferentes da pré-campanha.

por bruno cavalcanti em 04/04/22 11:07

Marta Suplicy é cogitada para assumir retomada de Ministério da Cultura em possível reeleição de Lula (PT). Foto: Alex Maximiano (Divulgação)

O nome da ex-petista e ex-peemedebista Marta Suplicy voltou a aparecer nas discussões da alta cúpula do Partido dos Trabalhadores para assumir um cargo dentro de um eventual governo Lula em 2023. De acordo com fontes dentro da sigla, Suplicy poderia assumir o prometido comitê de cultura que Lula pretende instaurar dentro do Ministério da Cultura. O então pré-candidato prometeu recriar a pasta caso tome posse.

Atualmente à frente da Secretaria de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, Suplicy voltou a dialogar com o antigo partido quando Lula iniciou suas conversas para instaurar coalizões para sua candidatura ao pleito federal. A ala mais antiga do PT tem feito sucessivas investidas para se aproximar da ex-prefeita de São Paulo. A ideia é que Suplicy funcione ainda como cabo eleitoral no palanque de Fernando Haddad ao Governo de São Paulo.

Existem contudo dois entraves para que a ex-senadora receba um convite formal para que assuma uma posição de destaque nas duas campanhas petistas. O primeiro é a candidatura de Rodrigo Garcia (PSDB) ao governo de São Paulo. Contando com o apoio do prefeito Ricardo Nunes (MDB), de quem Marta se tornou próxima durante a gestão de Bruno Covas (1980-2021), um apoio da ex-petista ao candidato do PSDB parece mais natural.

Já o segundo é a figura atuante da ex-presidente da República Dilma Rousseff na campanha de Lula. Rousseff e Suplicy sempre tiveram uma relação tensa, que ficou ainda pior após a ex-senadora votar a favor do impeachment da ex-colega de partido. Suplicy compôs ativamente o governo de Dilma entre 2012 e 2014, quando assumiu o Ministério da Cultura em gestão conturbada. 

O nome de Suplicy para o comitê da cultura de Lula surge justamente na pasta em que a ex-petista se mostrou mais à vontade, ainda que sem desenvolver diálogo fluido com a classe artística. Procurada para comentar o caso, a assessoria da Secretária de Relações Internacionais não se pronunciou até a publicação desta nota.

Estreias culturais da semana

Frame do How to be a Carioca. Foto: Agência Brazil (Divulgação)

Ele é carioca…

Embora seja figura de renome e reconhecimento mundial, com turnês lotadas ao redor do globo e participações em filmes de Hollywood, nunca é demais repetir, o cantor, ator e multi artista Seu Jorge é carioca. Carioca de Belford Roxo, baixada fluminense. E essa sua natureza vai ficar ainda mais evidente quando estrear, ainda neste semestre, How to Be a Carioca, série que chega ao Star Plus sob a direção do premiado (e também carioca) Carlos Saldanha.

Sob a direção de Joana Mariani e Rene Sampaio (além do próprio Saldanha), a série, baseada no best seller homônimo da norte americana Priscilla Ann Gosling lançado em 1992, narra a história de Francisco, um boa praça que, a cada episódio, ajudará um gringo a viver uma aventura tipicamente carioca. A data de estreia ainda não foi confirmada.

Maternidade Transformadora

A maternidade é o tema central de Mulheres que Nascem com os Filhos, peça de Samara Felippo e Carolinie Figueiredo que chega ao palco do Teatro Nair Bello, no Shopping Frei Caneca, em São Paulo, a partir do dia 15 de abril. Escrita pelas atrizes, a obra narra as descobertas da dupla após se tornarem mães, e retrata temas como a exaustão mental, o amor, a aceitação do corpo pós-gravidez, a criação dos filhos e a nova identidade como mulher.

A montagem busca na vida das atrizes a inspiração para falar da maternidade e suas singularidades. Felippo, que é mãe de duas garotas negras, retrata o assunto a partir da perspectiva de uma mãe branca que vai de encontro ao racismo estrutural e a como aprender a lidar com ele para aí poder ensinar suas filhas. “Desde que minha filha, menina negra, questionou a beleza do seu cabelo, minha vida tomou outro rumo. Fui ao encontro de um mundo racista, cruel e covarde em busca de soluções e acolhimento”, relata.

Samara Felippo e Carolinie Figueiredo. Foto: Lorena Zschaber

Para a diretora e co-autora do texto, Rita Elmôr, o espetáculo é um encontro de mães com suas próprias percepções e seus demônios. “Eu fui mãe adolescente, aos 18 anos, e tinha então uma relação muito difícil com a minha mãe. Ao longo da vida, tive que me desenvolver muito para curar as dores causadas por essa relação, entender e perdoar minha mãe. Eu e ela conseguimos nos resolver, e, de alguma maneira, eu trouxe isto para a peça. Fui mãe novamente agora, aos 46 anos, e o trabalho com as meninas na sala de ensaio também me ajudou muito. Foi um processo de troca intensa”.

Produzido no tempo de uma gestação Mulheres que Nascem com o Filhos cumpre temporada de 15 de abril a 05 de junho, com sessões de sexta-feira a domingo, às 21h (sextas e sábados) e às 19h 9domingos). Os ingressos custam de R$ 30,00 (meia) a R$ 60,00 (inteira).

Pessoa(s)

Após uma grande reforma em suas instalações, e renomeado com o sobrenome Klabin, o Grande Auditório do Masp se prepara para reabrir as portas amanhã (05) com a estreia de Pessoa(s), espetáculo concebido, dirigido e coreografado por Anselmo Zolla e William Pereira sob a produção do Studio 3 Cia. de Dança.

O espetáculo celebra a (monumental) obra criada pelo poeta português Fernando Pessoa (1888-1935) e todos os seus heterônimos. As apresentações acontecem nos dias 05, 06 e 07, com sessões sempre às 20h. Sob a direção musical de Felipe Venâncio, o espetáculo cria em seu espaço cênico uma dramatização para as várias formas dos “eus” criados por Pessoa. Os figurinos são assinados por Fábio Namatame e a cenografia é de Renata Pati. Os ingressos são gratuitos.

Jogo Rápido

O roteirista e dramaturgo Júlio Kadetti arquiteta a adaptação para os palcos de Lábios que Beijei – O Romance da Lapa, livro com tintas autobiográficas lançado pelo novelista Aguinaldo Silva em 1992 e que narra sua passagem por uma pensão miserável no bairro da Lapa entre os anos de 1969 e 1971. Ainda sem data de estreia, a produção do espetáculo abrirá audições para formar seu elenco.

A atriz, dramaturga e diretora Renata Carvalho lança, nesta quinta-feira, o livro com o registro da peça Manifesto Transpofágico, que estreou em 2019. O evento acontece na Biblioteca Mário de Andrade com uma sessão de autógrafos. O livro é um lançamento da Editora Monstro, iniciativa editorial da ONG Casa 1, conhecida por seu trabalho de acolhimento a pessoas LGBTQIA+. A entrada é gratuita.

Após quase uma década, a atriz e cantora Lucinha Lins voltou aos palcos de São Paulo. A artista é uma das estrelas de As Meninas Velhas, texto de Claudio Tovar sob a direção de Tadeu Aguiar que chegou ao palco do Teatro Vivo no último sábado, 02. Lucinha divide a cena com Bárbara Bruno, Nádia Nardini e Sônia de Paula na comédia que flagra um grupo de amigas em meio ao processo de envelhecimento.

Cinco anos após abocanhar indicações aos principais prêmios de teatro de São Paulo, quando protagonizou o espetáculo Hebe – O Musical sob a direção de Miguel Falabella e com texto de Artur Xexéo (1951-2021), Débora Reis prepara seu retorno aos palcos. A atriz e cantora sobe ao palco ao lado do guitarrista Beto Lee para celebrar a obra de Rita Lee no projeto Celeebration. O show deve seguir turnê pelo Brasil, mas antes se apresenta no Memorial da América Latina, em São Paulo, no festival 40 Anos de Rock.

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