Analista diz que é preciso definir o que será feito do auxílio emergencial Vai ou fica?
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  • 15 de dezembro de 2020
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Analista diz que é preciso definir o que será feito do auxílio emergencial


Programa social criado em resposta à crise gerada pela pandemia de Covid-19, o auxílio emergencial é alvo de indefinição para o próximo ano. Enquanto o governo federal diz que não pretende estender o benefício, o Congresso emite sinais mistos quanto à sua continuidade ou não.

Ao Morning Call desta terça-feira (15), Dan Kawa, sócio e CIO da TAG Investimentos, comentou que a indefinição acerca do programa repercute negativamente sobre o mercado.

“Infelizmente o Brasil não tem capacidade de gastar muito mais do que está gastando. Se estendermos por muito mais tempo o auxílio emergencial podemos ter uma situação fiscal ainda mais delicada do que ela já é. Esse tem sido o foco do mercado no Brasil no curtíssimo prazo”.

Kawa afirmou que o Brasil precisa retomar a agenda de reformas econômicas e a dívida em relação ao PIB. No entanto, também não se mostrou contrário a uma continuidade do auxílio emergencial, desde que fiquem claras as fontes de recursos no Orçamento para tal. Do contrário, segundo ele, a política fiscal corre riscos e, por consequência, o crescimento do país.

“Para estender o auxílio emergencial, ou ter um novo programa de auxílio social, é preciso economizar em alguma outra rubrica das contas públicas. E essa é a grande questão do mercado hoje. Temos esses pedidos de extensão do auxílio emergencial sem uma contrapartida de onde vai vir esse dinheiro. Isso é inviável”.

Na segunda-feira (14), o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou proposta que estende até março de 2021 o pagamento do auxílio emergencial. A justificativa, segundo o parlamentar, se deve à falta de vacinas contra a Covid-19 e de um plano concreto de vacinação no momento em que aumenta o número de casos da doença em todo o Brasil.

Imagem do Aplicativo Auxílio Emergencial, do governo federal.
Imagem do Aplicativo Auxílio Emergencial, do governo federal.
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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