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Economia

Mercado cambial

Após ata do Copom, dólar opera em alta

Mercado brasileiro compreende que Banco Central pode continuar com política de ajustes mais agressiva

por Vitor Hugo Gonçalves em 08/02/22 20:47

Ata do Copom: O dólar avançou contra o real nesta terça-feira (8), enquanto os investidores ainda digeriam a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que elevou a taxa básica de juros a 10,75%, optando, apesar da sinalização discreta para uma diminuição dos ajustes, por não mencionar a magnitude de suas próximos correções na Selic.

Além de monitorar a movimentação doméstica, os players do mercado também acompanhavam a alta global do dólar, cujo índice avançava 0,3% já pela manhã, acelerando os ganhos em relação ao início do pregão.

Dólar avança após ata do Copom.

Dólar avança após ata do Copom. Foto: Reprodução

Às 10:30, após o lançamento da ata, o dólar à vista avançava 0,49%, a R$ 5,28 na venda. A moeda oscilou entre R$ 5,29 no pico do pregão (+0,63%) e R$ 5,25 na mínima (-0,04%). Na B3, às 10:30, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,34%, a R$ 5,30.

Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, afirmou que a ata do Copom reforça a perspectiva de altas nos juros “nas próximas reuniões”. Analistas dizem que o documento também sugere um viés da taxa básica inclinado para cima, fazendo com que os principais riscos sejam os custos dos empréstimos acabarem em um patamar mais alto do que o atualmente projetado.

Vale ressaltar que boa parcela do mercado brasileiro compreende os juros mais altos como positivos para a moeda nacional, uma vez que elevam o retorno oferecido nos ativos da Renda Fixa. No entanto, o Banco Central coloca um alerta para os riscos fiscais, fator responsável por manter a cautela entre investidores.

Questão fiscal

Yihao Lin, analista macro da Genial Investimentos, ressaltou que a ata do Copom reforça que políticas fiscais com impulso adicional na demanda podem elevar prêmios de risco”. E complementou: “Nesse contexto a aprovação da PEC [Proposta de Emenda Constitucional] dos combustíveis impõe uma pressão adicional para que a Selic avance ainda mais além do cenário base de 12% do BC.”

Rumores sobre a PEC que prevê a redução de alíquotas que incidem sobre os combustíveis (com possível capacidade de arrecadar entre R$ 54 bilhões e R$ 100 bilhões anualmente) têm ligado os alertas do mercado nos últimos dias.

Investidores apontam para os impactos do projeto sobre a credibilidade fiscal do país, que já foi abalada em 2021 com a aprovação da PEC dos Precatórios.

O senador Carlos Fávaro (PSD), autor da PEC dos Combustíveis, justifica a proposta: “Por se tratar de medida extraordinária, com duração até dezembro de 2023, financiada com fonte própria que nunca foi utilizada para realização de nenhuma despesa primária, não faz nenhum sentido estar subordinada ao teto de gastos, nem a qualquer outra medida de limitação de realização de despesas, seguindo o mesmo princípio adotado para o Auxílio Emergencial”.

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