GameStop: ações da empresa que abalou Wall Street voltam a subir

As ações da empresa americana de videogames GameStop dispararam 23% no início da manhã desta quinta-feira (25), e chegaram a bater US$ 170. O movimento acontece depois de uma valorização de US$ 103,94% dos papéis na quarta-feira (24).  

Ainda não está claro o que levou a nova disparada dos preços da empresa. De acordo com a agência Bloomberg, a valorização estaria ligada ao anúncio de saída de Jim Bell, atual vice-presidente executivo e diretor financeiro da GameStop.

A troca de comando seria encarada pelos investidores, segundo análise da Bloomberg, como um passo para que a empresa ganhe em inovação. Com lojas físicas de videogames e jogos, o modelo de negócios atual da companhia é considerado obsoleto.

“Trollagem” em Wall Street 

Em janeiro, o desempenho da empresa chamou a atenção no mercado financeiro. A ação da GameStop, que em dezembro de 2020 era negociada a cerca de US$ 15 na Bolsa de Valores de Nova York, disparou mais de 1800% e chegou aos US$ 380. O movimento foi impulsionado por um movimento orquestrado de pequenos investidores unidos em uma comunidade dentro da rede social Reddit.

A valorização fez com que grandes fundos de Wall Street que apostam na queda dos papéis da empresa perdessem bilhões de dólares. Depois da valorização, as ações despencaram – de US$350, voltaram no início de fevereiro aos US$40, até essa onda de valorização mais recente. 

Congresso Americano quer explicações

Na semana passada, o Comitê de Serviços da Câmara de Representantes dos Estados Unidos realizou uma audiência virtual sobre a febre especulativa da GameStop. Os legisladores ouviram depoimentos de atores importantes no movimento para determinar se houve manipulação de preços ou negociação com informações privilegiadas. 

No Brasil, movimentos organizados pela internet tentaram replicar o movimento que levou à disparada das ações da GameStop, mas sem sucesso. Na época, a Comissão de Valores Mobiliários alertou que iria penalizar atuações deliberadas para influenciar os mercados no Brasil.