Itens da cesta de Páscoa subiram em média 30% e preço dos ovos 11%. Para setor, no entanto, resultados devem ser melhores que em 2020
por Juliana Causin em 03/04/21 12:49
Preços mais salgados para o consumidor, mas resultados mais promissores para o comércio. Essa é a expectativa para a Páscoa de 2021 – a segunda com a pandemia do coronavírus no Brasil.
Se de um lado itens da ceia e preços dos ovos de Páscoa ficaram mais caros, o setor está mais preparado para a realidade da pandemia. A expectativa do varejo é que o desempenho seja melhor este ano do que em 2020, quando a covid-19 atingiu de surpresa empresários que se preparavam para uma Páscoa convencional.
Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), os preços dos ovos de Páscoa em 2021 estão em média 11% mais caros do que os praticados há um ano. No caso de barras de chocolate e bombons, a alta foi em média de 10% – acima da inflação acumulada em 12 meses, que é de 5,20%.
Pesam para esses preços mais salgados o aumento dos preços das commodities no último ano, como o cacau, a variação do câmbio e a alta no preço das embalagens.
No caso da ceia da Páscoa, dados da Fundação Getulio Vargas mostram que a inflação dos alimentos afeta 12 dos 14 itens mais consumidos para a data. Em 12 meses, a inflação desses alimentos – que foi de 0,56% entre 2019 e 2020 – saltou para 29,17% entre o ano passado e 2021. Entre os vilões da Páscoa este ano, estão o arroz, que ficou 60,79% mais caro, a cebola, que saltou 50,9%, e a batata-inglesa, com preço 27,82% mais salgado.
Apesar da alta nos preços, o resultado do varejo para a data deve melhorar em 2021. A projeção da Abras é de uma alta de 15% nas vendas da Páscoa em 2021. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Executivos do Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR), aponta que o interesse dos brasileiros cresceu em 36,26% este ano.
Para atrair consumidores, as empresas têm investido principalmente no e-commerce e em parcerias. A Lacta, uma das maiores fabricantes de chocolates do país, adotou as duas estratégias e se associou com outras marcas como Mattel, McDonald’s, Evino e Lojas Americanas. O objetivo é adaptar os produtos às necessidades de cada e-commerce, além de oferecer cupons de compra e vantagens associadas às empresas.
Uma das parcerias para chegar mais perto do consumidor foi com a market4u, startup que conta com uma rede mil unidades de supermercados autônomos em condomínios. Em entrevista do Dinheiro Na Conta, Tamyrys Baptista, trade marketing da market4u, avalia que o resultado deles para a Páscoa de 2021 é mais promissor.
“No ano passado a gente não fez nenhuma campanha para a data, então este ano a gente queria investir mais nisso”, diz ela. A parceria, segundo Baptista, já tem trazido frutos: “A gente já tem tido bons resultados com os consumidores”.
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