Internacional

Há 3 semanas

Avião iraniano continua detido em Ezeiza, Argentina

O avião não poderia ter sobrevoado o espaço aéreo Sul-americano e muito menos aterrissado em um país do Mercosul.

por Cândido Prunes em 28/06/22 09:47

Nesta segunda-feira (28) completam-se 3 semanas que um Boeing 747 cargueiro, pintado com as cores da Venezuela, mas de matrícula iraniana, aterrissou no aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires. Oficialmente a aeronave levava autopeças do México, via Caracas, para uma montadora argentina. Desde então o avião só vem levantando suspeitas e hoje permanece apreendido pelo Judiciário argentino para averiguações, pois tanto a aeronave, quanto sua proprietária formal, são identificadas por autoridades americanas e europeias como vinculadas ao terrorismo islâmico. O avião não poderia ter sobrevoado o espaço aéreo Sul-americano e muito menos aterrissado em um país do Mercosul . A imprensa brasileira continua sem nada noticiar, apesar das preocupações que este e outros voos suspeitos levantam em todo o continente.

Um resumo do que se sabe até agora:
(1) o cargueiro formalmente ainda pertence ao Irã, inclusive o seguro também foi contratado por aquele país;
(2) trata-se de um cargueiro “Tabajara”. Ou seja, originalmente era uma aeronave de passageiros. Mas que não foi adaptada para permitir que containers entrem em seu deck principal. A carga entra pelas portas comuns, destinadas a passageiros…;
(3) nem as autoridades venezuelanas, nem as iranianas, protestaram até agora contra a apreensão do avião em território argentino;
(4) todas as empresas que abastecem aviões em Ezeiza se negam a encher o tanque da aeronave, temerosas com as sanções que podem ser impostas;
(5) nenhuma explicação foi apresentada pela suposta dona do avião sobre a quantidade incomum de tripulantes: 19 pessoas, sendo 5 iranianos e 14 venezuelanos;
(6) ao menos dois iranianos, responsáveis por pilotar a aeronave, são ligados à Guarda Revolucionária do Irã;
(7) a aeronave realizou recentemente vários voos pela região e diversas vezes o valor da carga transportada era superior ao custo de deslocamento da aeronave;
(8) ninguém sabe o nome da empresa que contratou o voo entre o México e a Argentina;
(9) as autoridades de segurança da Argentina não sabem explicar como o pouso foi autorizado e o desembarque da numerosa tripulação de uma aeronave ligada ao terrorismo; e
(10) o Brasil deveria estar acompanhando de perto o “imbróglio”, pois esse avião já pousou algumas vezes na tríplice fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina).

Quais as verdadeiras razões para esses voos deficitários? A principal suspeita é que seja para planejamento de ataques terroristas na região, especialmente contra alvos judaicos. Como dizem os espanhóis: “hay que vigilar”.

*Cândido Prunes é advogado, pós graduado em Direito Econômico pela Universidade de São Paulo e no programa executivo de Darden – Universidade de Viriginia, é autor de “Hayek no Brasil”.

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