O primeiro-ministro britânico perdeu a confiança dos ministros e teve que renunciar a liderança do Partido Conservador.
por da Redação em 07/07/22 08:25
Depois de uma série de escândalos, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, apresentou a demissão nesta quinta-feira (7). No entanto, ele deve continuar no cargo até que um substituto seja escolhido, o que espera-se que aconteça antes do início do outono europeu, no mês de setembro.
Independente da data de saída, Johnson já esta entre os cinco chefes menos durodouros do governo do Reino Unido nos últimos 100 anos.
Durante o pronunciamento, Boris Johnson disse que está “triste por deixar o melhor emprego do mundo”.
Desde terça-feira, Boris Johnson enfrenta uma série de demissões entre os ministros e funcionários do alto escalao do governo, mais de 40 pessoas se demitiram.
O estopim da crise foi um escândalo sexual que envolveu o nome de Chris Pincher, deputado do Partido Conservador e responsável pela disciplina parlaentar dos deputados do bloco. Ele foi acusado de apalpar dois homens no Carlton Club, um dos clubes mais exclusivos de Londres.
Pincher assumiu a culpa e colocou a responsabilidade na bebida. Na carta de demissão endereçada a Boris Johnson, escreveu: “na noite passada bebi de forma excessiva. Envergonhei-me e envergonhei outras pessoas e isso é a última coisa que pretendo fazer. Peço desculpa a você e a todos os implicados”.
O parlamentar também prmeteu procurar ajuda médica, já que este não foi o primeiro episódio de assédio sexual em que se envolveu, as denúncias contra ele começaram a ser feitas em 2017, durante o governo Theresa May.
No Partido Conservador, este é o quinto escândalo de assédio sexual desde o mês de abril. O suficiente para gerar uma crise política e aumentar a pressão sobre Boris Johnson, que chegou a dizer que não sabia do histórico de Picher, o que se revelou uma mentira. O primeiro-ministro perdeu a confiança dos colegas, que chegaram a pedir que ele saísse do cargo “pelo bem do partido”.
O Partido Conservador está no poder no Reino Unido há 12 anos.
Algumas listas de possíveis sucessores de Johnson já circulam na imprensa britânica. Veja os mais citados:
Liz Truss – secretária de Relações Exteriores é muito querida pela militância conservadora. Nos últimos dias, se dedicou a “polir” seu perfil no Instagram com fotos que lembram a primeira mulher a chegar ao cargo no Reino Unido, Margaret Thatcher.
Penny Mordaunt – é a favorita nas casas de apostas britânicas. Defensora do Brexit, é considerada a candidata perfeita, mas foi vista como desleal por apoiar o rival de Johnson, Jeremy Hunt.
Rishi Sunak – ex-ministro da Saúde, sempre foi considerado um possível sucessor e ganhou pontos ao pedir demissão do governo de Boris Johnson logo no início da crise causada pelas denúncias de assédio.
Ben Wallace – ministro da Defesa, é um dos mais admirados do governo por causa da gestão no início da Guerra da Ucrânia e na evacuação do Afeganistão. É considerado por muitos como alguém capaz de marcar uma profunda mudança de estilo na liderança do partido.
Jeremy Hunt – considerado um candidato com “falta de audácia”, é crítico do Brexit, o que pode dificultar a conquista de votos entre os colegas conservadores.
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