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Domingo de eleições na França e Espanha

Franceses tiram maioria do presidente Emanuel Macron na Assembléia Nacional. Já na Espanha, os eleitores deram vitória à centro-direita na Andaluzia, liberais perdem no Parlamento.

por Cândido Prunes em 19/06/22 19:06

Foto: Public Domain Media

Na França ocorreu o segundo turno das eleições para a Assembleia Nacional (correspondente à Câmara dos Deputados no Brasil). O Presidente Macron esperava que sua coalisão, de 7 partidos, (“Ensemble” – “Juntos”, em português) obtivesse a maioria com 289 cadeiras – lembrando que o voto é distrital naquele país. Mas no final do dia terminou com 234 cadeiras, ou seja, não contará com uma maioria para implementar as reformar que prometera nas eleições presidenciais. Pior ainda, três importantes ministras (Ecologia, Saúde e Mar) perderam as eleições em seus distritos e amanhã já deixam o Executivo. Há até quem sustente a necessidade de novas eleições ainda em 2023.

A segunda força política eleita neste domingo, a coalizão denominada “Nupes” (Nova União Popular, Ecológica e Social), que reúne os Verdes e os antigos partidos Comunista e Socialista, conseguiu 141 cadeiras, na última contagem. A surpresa maior do pleito ficou, entretanto, com as 90 cadeiras obtidas pelo “Rassemblement National” – “Reunião Nacional”, antiga Frente Nacional, de extrema direita. A coalização LR-UDI, de centro direita, conseguiu 61 cadeiras. Esse resultado mostra uma França fragmentada politicamente, num momento crítico para a Europa, especialmente com o conflito ucraniano se prolongando. Nesse sentido a França seguiu o fenômeno da fragmentação partidária observada na Alemanha, onde o novo chanceler Olaf Scholz teve que se equilibrar numa coalização para formar seu governo.

Na Espanha as eleições foram regionais, mas não menos importantes e com resultados opostos aos observados na França. Os espanhóis da Andaluzia elegeram sua assembleia legislativa neste domingo, sem grandes coalizões ou fragmentação partidária. O partido de esquerda PSOE (Partido Socialista Obreiro Espanhol), do atual primeiro ministro, Pedro Sanchez, controlava há 4 décadas a política andaluza. Mas desta vez o Partido Popular – PP, de centro-direita, obteve a maioria das cadeiras, elegendo 58 deputados. O Partido Vox, de extrema direita, elegeu 14, enquanto o partido situacionista ficou com apenas 30 cadeiras. Esses resultados são muito relevantes pois indicam um nível alto de insatisfação com o atual primeiro ministro, que terá muita dificuldade em vencer as eleições de 2023. A Andaluzia sempre foi um reduto do PSOE, mas nos últimos anos o partido se viu enredado em política públicas equivocadas e diversos escândalos, levando os eleitores para os braços da centro-direita. Alberto Feijóo, presidente do PP, comemora os resultados que o colocam mais próximo do Palácio de La Moncloa no ano que vem.

*Cândido Prunes é advogado, pós graduado em Direito Econômico pela Universidade de São Paulo e no programa executivo de Darden – Universidade de Viriginia, é autor de “Hayek no Brasil”.

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