Ícone buscar Ícone abrir menu

jornalismo independente

Juliana Macedo

Para proteger mulheres

Google (não faz mais que a sua obrigação) e anuncia que dados sobre visitas a clínicas de aborto serão deletados

Após a Suprema Corte Americana se posicionar contra o direito do aborto legal no país, a empresa declara que as informações relacionadas a este deslocamento serão deletadas logo em seguida.

por Juliana Macedo em 18/07/22 10:55

No texto publicado em no último dia cinco – A usuária da experiência ou a experiência da usuária? – mencionei que os tribunais americanos podem solicitar dados de empresas de tecnologia e utilizá-los como prova em julgamentos contra mulheres que tenham realizado aborto. Dias depois, o jornalista Bruno Natal – do podcast Resumido – comentou sobre o posicionamento Google sobre o armazenamento de informações sobre a localização de usuários que visitarem: Clínicas de aborto, centros de aconselhamento, abrigos para violência doméstica, centros de fertilidade, instalações de tratamento de dependências, clínicas de perda de peso, clínicas de cirurgia estética, e outros. 

“Estamos anunciando que, se nossos sistemas identificarem que alguém visitou um desses lugares, excluiremos as entradas de histórico de localização logo após a visita.” afirmou Jen Fitzpatrick, vice presidente de experiências e sistemas do Google. 

A empresa também comunicou que vai incluir no aplicativo do seu dispositivo Fitbit, a função “Deletar todo o histórico de ciclo menstrual”. Como diria o Bruno Natal, “Dados esses que nem deveriam ser armazenados, pra início de conversa”. 

Afinal, mesmo antes da suprema corte americana oficializar a decisão revogando a lei de direito ao aborto, parlamentares solicitaram ao Google a garantia de sigilo das informações àqueles que procurassem este tipo de serviço, além de parar de coletar e armazenar dados de localização desnecessários ou não agregados que poderiam ser usados ​​para identificar pessoas que buscam aborto. 

Não ficou claro se o pedido será plenamente atendido, pois Jen afirma que, esta responsabilidade é compartilhada por muitas instituições: “Dado que esses problemas se aplicam a provedores de saúde, empresas de telecomunicações, bancos, plataformas de tecnologia e muito mais, sabemos que as proteções de privacidade não podem depender apenas de empresas agindo individualmente”.

Comentários ( 0 )

Comentar

MyNews é um canal de jornalismo independente. Nossa missão é levar informação bem apurada, análise de qualidade e diversidade de opiniões para você tomar a melhor decisão.

Copyright © 2022 – Canal MyNews – Todos os direitos reservados.

Entre no grupo e fique por dentro das noticias!

Grupo do WhatsApp

Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo.

ACEITAR