Em transmissão nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) repete, mais uma vez, os movimentos do agora ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Essa é a avaliação da professora de relações internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) Denilde Holzhacker.
Bolsonaro afirmou que nunca se referiu à pandemia de covid-19 como uma “gripezinha”, criticou medidas de distanciamento social, leu a carta de um suposto suicida (o que contraria recomendações da Organização Mundial da Saúde) e classificou o ex-presidente Lula (PT) de “jumento”.
Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, o presidente da República afirmou em 24 de março de 2020 que não precisaria se preocupar caso fosse contaminado pelo vírus pelo seu “histórico de atleta” e que essa condição garantiria que a enfermidade fosse apenas “uma gripezinha ou resfriadinho”.
Holzhacker destacou em entrevista ao Almoço do MyNews que Bolsonaro aplica sua “tática tradicional” de gerar instabilidades e conflitos. “É uma forma dele jogar os problemas e dificuldades para os governadores e prefeitos e tirar dele a responsabilidade”.
A analista ainda relembra as semelhanças no posicionamento do presidente brasileiro com o comportamento de Trump. “Tem uma semelhança no tom, de trazer esse cenário mais caótico sem nenhuma fundamentação porque ele fala ‘ah, eu tenho informações’, mas não diz quais”, avalia Holzhacker.