Média móvel de mortes está acima de mil há 43 dias e desde o último sábado bate recordes diários
por Fernanda Oening em 05/03/21 12:03
O Brasil enfrenta o momento mais letal da pandemia de covid-19. Nos últimos dias, o país bateu recorde de mortes diárias, com alto risco de colapso na rede pública e privada de saúde, com leitos de UTI lotados e uma campanha de vacinação que avança a passos lentos.
A média móvel de mortes está acima de mil há 43 dias e desde o último sábado bate recordes diários.
Nesta semana, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que monitora os números da doença, declarou que pela primeira vez desde o início da pandemia, verifica-se em todo o país o agravamento simultâneo de diversos indicadores.
Apesar do cenário, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que as pessoas “precisam enfrentar os problemas sem frescuras e sem mimimi” e questiona até “quando ficarão chorando”. O presidente continua defendendo que as pessoas saiam de casa e voltem ao trabalho, mesmo com o aumento de casos e mortes.
No Dinheiro na Conta desta quarta (4), o cientista de dados e coordenador da Rede Análise Covid-19, Isaac Schrarstzhaupt, fez uma análise do avanço do coronavirus no Brasil. Para ele, o colapso na saúde ainda pode piorar e afirma que ainda não chegamos a esse ponto porque em alguns estados brasileiros ainda existem vagas de UTI.
Em São Paulo, por exemplo, 15 hospitais da rede pública já se encontram com 100% de leitos ocupados. A Região Sul do país está numa situação crítica, assim como o estado de Minas Gerais.
Issac relembra que a curva vem em crescente desde setembro de 2020, quando houve um aumento de mobilidade da população e, nesta época, já alertava para a chegada da segunda onda do vírus.
Ele também alerta para a mudança de perfil dos pacientes e considera que os idosos estão mais isolados neste momento da pandemia, enquanto os jovens flexibilizaram.
“Houve um aumento positivo de pessoas infectadas entre 18 e 30 anos de idade. E uma diminuição de casos em pessoas mais idosas, acima de 80 anos”. Para o cientista de dados, as únicas medidas capazes de brecar a pandemia são a realização de um lockdown e a vacinação em massa.
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