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“Peço desculpas àqueles que sofreram com tudo isso”, diz Collor, 31 anos depois do confisco das poupanças

O ex-presidente comentou que a vacinação é a única solução para a pandemia, mas que cada pessoa precisa ter consciência e responsabilidade pelos atos que evitam novos contágios

por Liliane Machado em 16/03/21 14:39

O senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello foi o convidado desta terça-feira (16), do ‘Café do MyNews Especial de Aniversário‘.

Na pauta, a situação atual do país devido a pandemia, a administração de Jair Bolsonaro, os bastidores da troca no Ministério do Saúde, as responsabilidades dos cidadãos para evitar novos contágios, além de relembrar a época dos confiscos das poupanças quando era presidente.

Senador e ex-presidente da República, Fernando Collor, em entrevista ao Café do MyNews - 16/03.
Senador e ex-presidente da República, Fernando Collor, em entrevista ao Café do MyNews – 16/03. Foto: Reprodução (MyNews).

A respeito das medidas de proteção e segurança para conter o novo coronavírus, o senador citou a vacinação e a importância de cada um se responsabilizar pelos atos. “A vacinação é a solução, não há outro meio. Tudo o que estamos fazendo, o distanciamento social, o uso de máscara, evitar aglomerações… é necessário que sigam essas recomendações”, destacou.

Collor ainda comentou a troca de Eduardo Pazuello​ por Marcelo Queiroga no Ministério da Saúde​ e a relação do presidente Jair Bolsonaro com os governadores dos estados brasileiros. “Nenhuma briga, por definição, é boa. Para isso existem os canais de diálogo e da busca por bom senso. Esse é um momento de muita dificuldade e conflagração sanitária. É preciso que haja possibilidade de diálogo, de acerto e de saber o que cabe a cada um fazer”, argumentou o senador.

Durante a entrevista o ex-presidente Collor pediu desculpas aos brasileiros pelo confisco das poupanças, ato que completa 31 anos nesta terça: “Todos os ativos financeiros foram congelados, e represados, embora devolvidos até o último centavo.” Collor diz que não havia outra alternativa na época.

“Tínhamos uma inflação de 80% ao mês, o que fazia que a Casa da Moeda funcionasse 24 horas por dia. Tivemos que fazer um bloqueio dos ativos para que o congelamento tivesse resultado e não houvesse uma quebra das indústrias brasileiras”, relembrou o ex-presidente, que encerrou o assunto com um pedido de desculpas.

“Foi uma medida dura e muita gente sofreu. Mas era uma medida necessária. Por isso peço desculpas aqueles que sofreram com tudo isso”, concluiu.

Íntegra da entrevista com Fernando Collor no Café do MyNews.

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